Translate

Total de visualizações de página

Os Amigos de Caminhada!

Esse é o caminho para o completo controle na vida

"Conversando com Deus"

As leis

 Neale Donald 


 - Então, como posso conhecer essas leis? Como posso aprendê-las? 

- Isso não é uma questão de aprender, mas sim, de lembrar-se.

- Como posso lembrar-me delas?

Comece ficando calado. Silencie o mundo exterior, para que o mundo interior possa trazer-lhe visão. Esse intuicao é o que procura, contudo não pode tê-la, enquanto estiver muito preocupado com a sua realidade exterior. Por isso, tente voltar-se o máximo possível para dentro. E quando não estiver se voltando para dentro, venha de dentro ao lidar com o mundo exterior. Lembre-se desta máxima: "Se você não se voltar para dentro, será privado de alguma coisa".

Coloque-a na primeira pessoa e repita-a, para torná-la mais pessoal: "Se eu não me voltar para dentro, serei privado de alguma coisa".

Você tem sido privado de alguma coisa a sua vida inteira. Contudo, não precisa ser, e nunca precisou. Não há nada que você não possa ser ou fazer, nada que não possa ter.

Não, nem todas as coisas que lhes acontecem e que chamam de ruins são escolha de vocês. Não no sentido consciente - que é aquele ao qual você se refere. Todas elas são criações suas.

Vocês estão sempre envolvidos no processo de criar. Em todos os momentos. Todos os minutos. Todos os dias. Como podem criar, veremos mais tarde. Por enquanto, aceite, apenas, a Minha palavra: vocês são uma grande máquina criadora e produzem uma nova manifestação tão veloz quanto o pensamento.

Ocorrências, condições, situações - tudo isso é criado pela consciência. A consciência individual é muito poderosa. Podem imaginar o tipo de energia criativa que é liberada quando duas ou mais pessoas se reúnem em Meu nome. E a consciência das massas? É tão poderosa que pode criar ocorrências e situações de importância e conseqüências mundiais.

Não seria certo dizer - não no modo a que você se refere que vocês escolhem essas conseqüências. Não as escolhem mais do que Eu as escolho. Como Eu, vocês as observam. E decidem Quem São com referência a elas.

Contudo, não há vítimas e nem algozes no mundo. E você tampouco é uma vítima das escolhas dos outros.

Em algum nível, todos vocês criaram o que dizem que detestam - e portanto, o escolheram.

Esse é um nível avançado de pensamento que todos os Mestres atingem mais cedo ou mais tarde. Porque é apenas quando eles aceitam a responsabilidade por tudo é que podem ter o poder de mudar parte disso.

Enquanto você nutrir a idéia de que há algo ou alguém "fazendo isso" com você, não terá o poder de fazer nada a respeito. Somente quando disser "eu fiz isso" poderá ter o poder de mudá-lo.

É muito mais fácil você mudar o que está fazendo do que mudar o que os outros estão fazendo.

O primeiro passo para mudar qualquer coisa é saber e aceitar que você escolheu que ela fosse o que é. Se não puder aceitar isso em um nível pessoal, admita-o através de sua compreensão de que Nós somos todos Um. Tente. então. criar mudança não porque algo está errado, mas porque não é mais uma afirmação exata de Quem Você É.

Há, apenas, um motivo para fazer alguma coisa: uma afirmação para o universo de Quem Você É. Usada desse modo, a vida passa a criar o Eu. Você a usa para criar o seu Eu como Quem Você É, e Quem Sempre Desejou Ser.

Também há, apenas, um motivo para desfazer alguma coisa: ela não ser mais uma afirmação de Quem Você Deseja Ser, não o refletir, não o representar. Se você quiser ser corretamente representado, deve tentar mudar tudo em sua vida que não se encaixa na imagem que deseja projetar na eternidade.

No sentido mais amplo, todos os eventos "ruins" que acontecem são da sua escolha. O erro não é escolhê-los, mas chamá-los de ruins. Porque ao fazer isso, você chama o seu Eu de ruim, já que os criou. Esse rótulo você não pode aceitar; portanto, em vez de rotular o seu Eu como ruim, nega as suas próprias criações. É essa desonestidade intelectual e espiritual que o deixa aceitar um mundo em tais condições. Se você tivesse de aceitar - ou pelo menos tivesse uma forte sensação interior de responsa - bilidade pessoal pelo mundo, este seria um lugar muito diferente. Sem dúvida seria, se todos se sentissem responsáveis. Por ser tão óbvio, é que esse fato se torna tão doloroso e irônico.

As calamidades e os desastres naturais do mundo - seus tornados e furacões, vulcões e enchentes - desordens físicas - não são especificamente criações suas. O que você cria é o grau em que esses eventos afetam a sua vida.

Há eventos no universo que nenhum vôo da imaginação poderia afirmar que você provocou ou criou.
Esses eventos foram criados pela consciência combinada do homem. Todo o mundo, criando junto, produz essas experiências. O que cada um de vocês faz individualmente é passar por elas, decidindo o que significam para vocês - se é que têm algum significado - e Quem e O Que Vocês São em relação a elas.

Portanto, vocês criam coletiva e individualmente a vida e os tempos que estão experimentando, e o objetivo é a evolução da alma.

Você perguntou se há um modo menos doloroso de passar por esse processo - e a resposta é "sim". Contudo, nada em sua experiência exterior terá mudado. O modo de diminuir o sofrimento que você associa às experiências e ocorrências terrenas - tanto as suas como as das outras pessoas - é mudar o modo de vê-Ias.

Você não pode mudar o evento exterior (porque foi criado por todos vocês, e não é suficientemente maduro em sua consciência para alterar individualmente o que foi criado coletivamente), por isso deve mudar a experiência interior. Esse é o caminho para o completo controle na vida.

Nada é, em si, doloroso. O sofrimento resulta do pensamento errôneo. É um erro no modo de pensar.

Um mestre pode acabar com a dor mais intensa. Desse modo, o Mestre cura.

O sofrimento resulta de um julgamento que você fez sobre uma coisa. Elimine o julgamento e o sofri-mento desaparecerá.

O julgamento, freqüentemente, se baseia na experiência anterior. Sua idéia sobre uma situação se origina de uma idéia anterior sobre ela. Sua idéia anterior resulta de uma idéia ainda mais anterior - e essa idéia de outra, e assim por diante, como um bloco de edifícios, até você voltar por todo o caminho até a sala de espelhos, ao que Eu chamo de "primeiro pensamento".

Todo pensamento é criativo, e nenhum pensamento é mais poderoso do que o "original". É
por essa razão que, às vezes, ele também é chamado de "pecado original".

"O pecado original" ocorre quando o seu primeiro pensamento sobre alguma situação é errôneo. O erro é, então, cometido muitas vezes, sempre que você tem um segundo ou terceiro pensamento em relação a ela. É trabalho do Espírito Santo inspirá-lo a ter novas compreensões que podem livrá-lo de seus erros.

- O Senhor está dizendo que eu não deveria me sentir mal em relação às crianças que morrem de fome na África, à violência e injustiça na América, às enchentes que matam centenas de pessoas no Brasil?

- Não há "deveria" ou "não deveria" no mundo de Deus. Faça o que quiser, o que o reflete,
o que o representa como uma versão mais grandiosa do seu Eu. Se quiser se sentir mal,
sinta-se.

- Mas não julgue ou condene. Você não sabe porque e com que objetivo um evento ocorre.

- E lembre-se disto: "o que você condena o condenará, e o que você julga um dia virá a
julgá-lo".

- Em vez disso, procure mudar o acontecimento - ou apoiar outras pessoas que os estão mudando - que não mais refletem o seu sentido mais elevado de Quem Você É.

- Entretanto, bendiga tudo - porque tudo é criação de Deus, através da vida, que é a Sua mais impor - tante criação.

- Poderíamos parar aqui por um momento para eu recuperar o fôlego? Eu O ouvi dizer que
não há "deveria" ou "não deveria" no mundo de Deus?

- Sim.

- Como pode ser isso? Se não há em Seu mundo, onde há?

- Realmente - onde...?

- Eu repito a pergunta. Onde mais há "deveria” e "não deveria", se não em Seu mundo? Em sua imaginação.

- Mas as pessoas que me ensinaram tudo que era certo e errado, que eu deveria ou não fazer, me disseram que essas regras foram ditadas pelo Senhor - por Deus.

- Então elas estavam erradas. Eu nunca determinei um "certo" ou "errado", um "faça" ou "não faça". Isso seria privá-los, totalmente, da sua maior dádiva - a oportunidade de fazer o que quiserem e experimentar os resultados disso; a chance de recriar-se à imagem e semelhança de Quem Realmente São; o espaço para produzir uma 'realidade de um Eu cada vez mais elevado, baseado em sua idéia mais formidável do que são capazes.

- Dizer que alguma coisa - um pensamento, uma palavra, um ato - é "errada" seria o mesmo que dizer-lhes para não fazê-la. Isso seria proibi-los, restringi-los, negar-lhes a realidade de Quem Vocês Realmente São, assim como a oportunidade de criar e experimentar essa verdade.

- Há aqueles que dizem que Eu lhes dei o livre-arbítrio, mas essas mesmas pessoas também dizem que se vocês não me obedecerem, Eu os mandarei para o inferno. Que tipo de livre-arbítrio é esse? Isso não é duvidar de Deus - e de qualquer tipo de relacionamento verdadeiro entre nós?

- Bem, agora estamos entrando em outra área que eu queria discutir, que é tudo o que diz respeito a céu e inferno. Pelo que estou entendendo, não existe inferno.

- Existe, mas não é o que vocês pensam, e não o experimentam pelos motivos que apresentou.

- O que é o inferno?

- É a experiência do pior resultado possível de suas escolhas, decisões e criações. É a conseqüência natural de qualquer pensamento que negue a Mim, ou Quem Vocês São em relação a Mim. É o sofri -mento provocado pelo pensamento errôneo. Contudo, até mesmo o termo "pensamento errôneo" é inadequado, porque não existe o errado.

- O inferno é o oposto da alegria. É insatisfação. É saber Quem e O Que Você É, e não
experimentá-los. É ser menos. Isso é inferno, e não existe um maior para a sua alma.

Mas o inferno não existe como esse lugar que vocês fantasiaram, onde queimam em um fogo eterno, ou existem em um estado de tormento eterno. O que Eu ganharia com isso? Mesmo se Eu tivesse o pensamento extraordinariamente Não Divino de que vocês não "mereciam" o céu, por que precisaria procurar algum tipo de vingança ou punição por seu fracasso? Não poderia, simplesmente, dar fim a vocês? Que parte vingativa de Mim exigiria que Eu os condenasse a um sofrimento eterno indescri -tível?

Se você responder que Eu faria isso por uma necessidade de justiça, uma simples negação de comunhão Comigo no céu não serviria ao mesmo objetivo? A imposição de um sofrimento eterno também seria necessária?

Eu digo que não há uma experiência após a morte como a que vocês imaginaram em suas teologias baseadas no medo. No entanto, há uma experiência da alma tão infeliz, tão incompleta, tão menos do que o todo, tão separada da maior alegria de Deus, que para essa alma isso seria o inferno. Mas Eu não os mando para lá, e tampouco Ihes imponho essa experiência. Vocês mesmos a criam, sempre que separam o seu Eu do seu próprio pensamento mais elevado em relação a vocês; sempre que o negam e rejeitam Quem e O Que Realmente São.

Contudo, nem mesmo essa experiência é eterna. Não pode ser, porque não é o Meu plano que vocês se separem de Mim por toda a eternidade. De fato, isso é impossível- porque nesse caso não só vocês teriam de negar Quem São, como Eu também teria de negá-lo. Isso Eu nunca farei. E, enquanto um de nós se mantiver fiel à verdade em relação a vocês, ela prevalecerá.

-Mas se não há inferno, isso significa que posso fazer o que quiser, realizar qualquer ato, sem medo de punição?

- É do medo que você precisa para ser, fazer e ter o que é intrinsecamente certo? Tem de se sentir ame- çado para "ser bom"? E o que é "ser bom"? Quem tem a palavra final sobre isso? Quem dá as diretri -zes? Quem cria as regras?

Eu digo que é você quem cria as suas próprias regras, que dá as diretrizes. É você quem decide o quanto se saiu bem. Porque é o único que decidiu Quem e O Que Realmente É - e Quem Deseja Ser. Você é a única pessoa que pode avaliar como está se saindo.

Ninguém mais o julgará, por que e como Deus poderia julgar a sua própria criação e considerá-la ruim? Se Eu quisesse que vocês fossem perfeitos e fizessem tudo certo, teria deixado que ficassem no estado de total perfeição de onde vieram. Todo o objetivo do processo foi fazê-los descobrir a si mesmos, criar os seus Eus, como realmente são e desejam ser. Contudo, vocês só poderiam ser isso se tivessem uma chance de ser outra coisa. Então, Eu deveria puni-los por fazerem uma escolha que coloquei à sua frente? Se Eu não quisesse que vocês fizessem a segunda escolha, por que criaria outra além da primeira?

Essa é uma pergunta que devem fazer a si mesmos, antes de Me atribuírem o papel de um Deus conde -nador.

A resposta direta para a sua pergunta é "sim, você pode fazer o que quiser sem medo de punição. Contudo, terá de arcar com as conseqüências'. As conseqüências são os resultados naturais, que não são o mesmo que punições. São simplesmente isso, o que resulta da aplicação natural das leis naturais. Estas são o que ocorre, bastante previsivelmente, como uma conseqüência do que aconteceu.

Toda a vida física funciona de acordo com as leis naturais. Quando você se lembrar dessas leis, e aplicá-las, controlará a vida no plano físico.

O que lhe parece punição - ou o que chamaria de mal, ou má sorte - é, apenas, uma lei
natural fazendo-se valer. 

- Então, se eu conhecer essas leis, e cumpri-las, nunca mais terei um momento de dificuldade. É isso que está me dizendo?
-
Você nunca experimentaria o seu Eu como estando no que chama de "dificuldade". Não encararia nenhuma circunstância da vida como um problema. Não temeria nenhuma situação. Poria fim a todas as preocupações, dúvidas e temores. Viveria como a fantasia que Adão e Eva viveram - não como espíritos desencarnados na esfera do absoluto, mas como espíritos encarnados na esfera do relativo. Contudo, teria toda liberdade, alegria, paz e sabedoria e todo o poder do Espírito que você é. Seria uma pessoa plenamente realizada. 

Esse é o objetivo da sua alma - realizar-se, enquanto ainda está no corpo; tornar-se a encarnação de tudo que realmente é.

Esse é o Meu plano, o Meu ideal: realizar a Mim Mesmo. através de você: transformar o conceito em experiência; conhecer o Meu Eu experimentalmente.

As leis do Universo foram estabelecidas por Mim. São leis perfeitas, que proporcionam um perfeito funcionamento da matéria.

Já viu algo mais perfeito do que um floco de neve? Tal complexidade, design, simetria, conformidade consigo próprio e originalidade em relação a todo o resto - são um mistério. Você fica maravilhado com o milagre desse grande espetáculo da natureza. Mas se Eu posso fazer isso com um único floco de neve, o que acha que posso fazer - e fiz - com o universo?

Se você visse a sua simetria, a perfeição de seu design - do maior corpo celeste à mínima partícula - não poderia entender essa verdade em sua realidade. Mesmo agora, quando tem, apenas uma vaga noção disso, não consegue imaginar ou entender as suas implicações.

Contudo, pode saber que há implicações, muito mais complexas e extraordinárias do que você pode atualmente compreender. Shakespeare disse isso maravilhosamente: "Há mais coisas entre o Céu e a Terra, Horácio, do que supõe a nossa vã filosofia". Então, como posso conhecer essas leis? Como posso aprendê-las? Isso não é uma questão de aprender, mas sim, de lembrar-se.

- Como posso lembrar-me delas?

- Comece ficando calado. Silencie o mundo exterior, para que o mundo interior possa trazer-lhe visão. Esse in-sight é o que procura, contudo não pode tê-lo, enquanto estiver muito preocupado com a sua realidade exterior. Por isso, tente voltar-se o máximo possível para dentro. E quando não estiver se voltando para dentro, venha de dentro ao lidar com o mundo exterior. lembre-se desta máxima:
Se você não se voltar para dentro, será privado de alguma coisa.

Coloque-a na primeira pessoa e repita-a, para torná-la mais pessoal: "Se eu não me voltar para dentro, serei privado de alguma coisa".

Você tem sido privado de alguma coisa a sua vida inteira. Contudo, não precisa ser, e nunca precisou.
Não há nada que você não possa ser ou fazer, nada que não possa ter. Isso parece uma promessa maravilhosa. Que outro tipo de promessa acha que Eu faria? Você acreditaria em Mim se Eu prometesse
menos?

Durante milhares de anos as pessoas não acreditaram em Minhas promessas pelo motivo mais extraor- dinário: eram boas demais para serem verdade. Então, vocês escolheram uma promessa menor - um amor menor. Porque a Minha promessa maior provém do amor maior. Contudo, não podem conceber um amor perfeito, e por isso uma promessa perfeita também é inconcebível. Como o é uma pessoa perfeita. Por esse motivo, não conseguem acreditar, nem mesmo, em seus Eus. Não acreditar em nada disso significa não acreditar em Deus.

Porque a crença em Deus produz crença na maior dádiva divina: o amor incondicional; e na maior pro- messa divina: o potencial ilimitado.

- Posso interromper o Senhor aqui? Detesto fazer isso, quando está falando... mas, já ouvi essa conversa sobre potencial ilimitado, e não condiz com a experiência humana. O Senhor se esquece das dificul- dades encontradas pela pessoa comum - e dos desafios que enfrentam aqueles que nascem com limi-
tações mentais ou físicas? O potencial dessas pessoas é ilimitado? Vocês escreveram isso em sua Bíblia - de muitos modos e em muitos lugares.

- Preciso de uma referência.

-Veja o que vocês escreveram em Gênesis, capítulo 11, versículo 6. Está escrito: "E o Senhor disse: 'Eis aqui um povo, que não tem, senão, uma mesma linguagem; e uma vez que eles começaram esta obra, não hão de desistir do seu intento, a menos que o não tenham de todo executado”.
Sim. Agora, pode acreditar nisso?

- Isso não responde à pergunta sobre os doentes, os incapazes, os deficientes, aqueles que
têm limitações.

Você acha que eles têm limitações, como diz, não por sua escolha? Imagina que a alma humana enfrenta os desafios da vida, sejam quais forem, por acaso? É isso que imagina?

Quer dizer que uma alma escolhe, antecipadamente, que tipo de vida terá? Não, isso iria contra o obje-tivo do encontro, que é criar a sua experiência - e portanto, o seu Eu - no glorioso momento atual.
Por esse motivo, você não escolhe, antecipadamente, a vida que terá.

Mas, pode escolher as pessoas, os lugares e os eventos - as condições e circunstâncias, os desafios e obstáculos, as oportunidades e opções - para criar a sua experiência. Você pode escolher as cores para a sua palheta, as ferramentas para o seu baú, as máquinas para a sua loja. O que cria com elas é assunto seu. Esse é o objetivo da vida.

Seu potencial é ilimitado em tudo que escolheu fazer. Não presuma que a alma que encarnou em um corpo que você chama de "limitado" não realizou todo o seu potencial, porque não sabe o que essa alma estava tentando fazer. Desconhece a sua agenda, a sua intenção.

Por isso, bendiga todas as pessoas e condições, e agradeça. Desse modo, afirmará que o que Deus criou é perfeito - e mostrará a sua fé Nele. Porque nada acontece por acaso no mundo de Deus.
Não existe coincidência. O mundo não é devastado por acaso, ou devido ao que você chama de destino.
Se um floco de neve tem um design totalmente perfeito, não acha que o mesmo poderia ser dito sobre algo tão maravilhoso quanto a sua vida?

Mas, até mesmo Jesus curou os doentes. Por que Ele os curaria se a sua condição fosse tão "perfeita"?
Jesus não os curou porque achava que a sua condição era imperfeita. Ele os curou porque viu aquelas almas pedindo a cura como parte de seu processo. Viu a perfeição do processo. Reconheceu e compre-endeu a intenção da alma. Se Jesus tivesse achado que todas as doenças, mentais ou físicas, represen-tavam imperfeição, não teria simplesmente curado ao mesmo tempo todas as pessoas no planeta Duvida de que Ele poderia ter feito isso? 

- Não. Sei que poderia.

Ótimo. Então a mente deseja saber: por que Ele não o fez? Por que Cristo decidiu que alguns deveriam sofrer, e outros ser curados?

Por que Deus permite o sofrimento? Esta pergunta já foi feita antes, e a resposta é a mesma. Há perfei-ção no processo - e toda a vida resulta da escolha. Não se deve interferir na escolha, ou questiona-la. Muito menos se deve condená-la. Deve-se observá-la, e depois fazer o possível para ajudar a alma a fazer uma escolha superior. Portanto, esteja atento às escolhas das outras pessoas, mas não as julgue. 

Saiba que a sua escolha é perfeita para elas, neste momento - mas esteja pronto para ajudá-las, se mais tarde quiserem fazer uma escolha nova, diferente, uma escolha superior.

Esteja em comunhão com as outras almas, e seus objetivos e suas intenções se tornarão claros para você. Foi isso que Jesus fez com aqueles que curou - e com todos as vidas que tocou. Ele curou todas as pessoas que O procuraram, ou que enviaram outras para implorar por elas. Jesus não curou a esmo. Isso seria infringir uma Lei Sagrada do Universo: Deixe todas as almas seguirem o seu caminho.

Mas isso significa que não devemos ajudar as pessoas sem que nos peçam? Certamente que não, ou nunca poderíamos ajudar as crianças famintas da Índia, o povo sofrido da África, ou os pobres e oprimidos de todos os lugares. Todos os esforços da fraternidade seriam perdidos, e toda a caridade seria proibida.

Devemos esperar que uma pessoa grite de desespero, ou que o povo de uma nação implore por ajuda, para que possamos fazer o que é obviamente certo? Você vê, a resposta está na própria pergunta: "Se uma coisa é obviamente certa, faça-a". Mas, lembre-se de que é preciso muito rigor no julgamento, no que diz respeito ao que chama de "certo" ou "errado". Uma coisa só é certa ou errada porque você diz que é. Não é certa ou errada intrinsecamente.

- Não?

O "certo" ou "errado" não é uma condição intrínseca, é um julgamento subjetivo em um sistema pessoal de valores. Através de seus julgamentos subjetivos você cria o seu Eu - através de seus valores pessoais determina e demonstra Quem É.

O mundo existe exatamente como é para que você possa fazer esses julgamentos. Se existisse em perfeitas condições, seu processo vital de criação do Eu terminaria. 

A carreira de um advogado terminaria amanhã, se não existissem mais litígios. Ocorreria o mesmo
com a carreira de um médico, se não existissem mais doenças. A carreira de um filósofo
também terminaria, se não existissem mais dúvidas. E a carreira de Deus terminaria amanhã se não existissem mais problemas!

- Exatamente. Seu raciocínio foi perfeito. Todos nós pararíamos de criar se não existisse
mais nada para ser criado.

- Temos muito interesse em continuar o jogo. Apesar do fato de que dizemos que gostaríamos de resolver todos os problemas, não ousamos fazer isso, porque, nesse caso, não teríamos mais o que fazer.
Seu complexo militar-industrial entende isso muito bem. É por esse motivo que se opõe
terminantemente a qualquer tentativa de estabelecimento de uma política contrária à guerra, em qualquer lugar. Suas instituições médicas também entendem isso. É por esse motivo que se opõem
firmemente - têm de fazê-la, para a sua própria sobrevivência - a novas drogas ou curas maravilhosas, e ainda mais, à possibilidade de milagres. Sua comunidade religiosa também tem essa lucidez. É por esse motivo que sempre se opõe a qualquer definição de Deus, que não inclua medo, julgamento e punição, e a qualquer definição do Eu, que não inclua a sua própria idéia do único caminho para Deus.

Se eu lhe disser que você é Deus - para onde vai a religião? Se eu lhe disser que está curado, para onde vão a ciência e a medicina? Se eu lhe disser que deve viver em paz, para onde vão os pacificadores? Se eu lhe disser que o mundo é fixo, para onde vai o mundo?

- E quanto aos edificadores?

- O mundo é cheio de dois tipos de pessoas: as que lhe dão as coisas que você quer, e as que as reparam. Em certo sentido, até mesmo as que apenas lhe dão as coisas que você quer - os açougueiros, os padeiros, os fabricantes de castiçais - também são edificadoras. Porque desejar alguma coisa, freqüen-temente, é precisar dela. É por isso que é dito que os viciados precisam de uma dose.

Portanto, tome cuidado para que o desejo não se transforme em vício.

- Está dizendo que o mundo sempre terá problemas? Que realmente quer que seja assim?

- Estou dizendo que o mundo existe do jeito que é - como um floco de neve existe do jeito que é - propositalmente. Vocês o criaram assim - como criaram as suas vidas exatamente como são. Eu quero o que vocês querem. Quando realmente quiserem acabar com a fome, não haverá mais fome. Eu lhes dei todos os recursos para isso. Todos vocês têm os meios para fazerem essa escolha. Mas não a fizeram. O mundo poderia acabar com a sua fome amanhã. Vocês escolhem não fazer isso.

Vocês dizem que há bons motivos para 40.000 pessoas morrerem de fome a cada dia. Não há. Contudo, em uma época em que dizem que não podem fazer coisa alguma para evitar essas mortes, trazem ao mundo 50.000 novas vidas a cada dia. E denominam isso de amor, de plano de Deus. Esse é um plano totalmente ilógico, irracional e impiedoso.

Eu estou mostrando, em termos claros, que o mundo se encontra nas condições atuais porque vocês escolheram que fosse assim. Estão destruindo sistematicamente o seu meio ambiente, e depois dizem que os desastres naturais são uma peça cruel que Deus pregou, ou obra de uma Natureza cruel. Vocês é que pregaram a peça em si mesmos, e que são cruéis. Nada é mais gentil do que a Natureza. E nada tem sido mais cruel com a Natureza do que o homem. Porém, vocês negam qualquer envolvimento e responsabilidade nisso. Dizem que não é sua culpa, e nesse ponto estão certos. Não é uma questão de culpa, mas sim, de escolha.

Vocês podem escolher acabar com a destruição de suas florestas tropicais amanhã, parar de destruir a camada protetora de ozônio que flutua sobre o seu planeta, pôr fim ao ataque ao seu complexo ecossistema. Podem tentar juntar as partes do floco de neve, ou pelo menos, evitar que derreta, mas farão isso?

De igual modo, podem acabar com todas as guerras amanhã. Simples e facilmente. Tudo que é preciso, e que sempre foi, é que todos concordem com isso. Mas, se vocês não conseguem concordar com algo tão basicamente simples como parar de se matarem, como podem implorar ao céu com as mãos ergui-das para que as suas vidas sejam colocadas em ordem? Eu não farei nada por vocês que não farão por si mesmos. Esta é a lei e é o que dizem os profetas.

O mundo está nas condições atuais por causa de vocês, e das escolhas que fizeram - ou deixaram de fazer. (Não decidir é decidir.)

A Terra está como está, por causa de vocês, e das escolhas que fizeram - ou deixaram de fazer.

Suas próprias vidas estão como estão por causa de vocês, e das escolhas que fizeram - ou deixaram de fazer.

Mas, eu não escolhi ser atropelado por aquele caminhão! Não escolhi ser roubado por aquele ladrão, ou estuprado por aquele maníaco. Há pessoas no mundo que poderiam dizer isso. Todos vocês produziram as condições que criam no ladrão o desejo ou a necessidade de roubar. Todos vocês criaram a consciência que torna o estupro possível. É quando vêem em si mesmos o que causou o crime, que finalmente, começam a corrigir a condição que lhe deu origem.

Alimentem os famintos, dêem dignidade aos pobres e oportunidades aos menos afortunados. Ponham fim aos preconceitos que fazem as pessoas ficarem confusas e raivosas, com poucas perspectivas de um futuro melhor. Deixem de lado os seus tabus absurdos e as restrições que dizem respeito à energia se-xual. Em vez disso, ajudem as outras pessoas a compreenderem o seu milagre, e a canalizá-la corre-tamente. Façam essas coisas e terão dado um grande passo na direção do fim do roubo e do estupro.

Quanto ao chamado "acidente" - o caminhão na curva, o tijolo que cai do alto - aprendam a vê-lo como uma pequena parte de um mosaico maior. 

Vocês foram para a Terra para elaborar um plano individual para a sua própria salvação. No entanto, salvar-se não significa livrar-se das armadilhas do demônio. Não existe demônio e nem inferno. Vocês
estão se salvando do "descuido da não-realização". Essa batalha não pode ser perdida. Vocês não podem falhar.

Portanto, não se trata de uma batalha, é apenas um processo. Mas, se não souberem disso, acharão que é uma luta constante. Podem, até mesmo, acreditar na luta, durante o tempo suficiente para criar toda uma religião em torno dela. Esta religião lhes ensinará que a luta é o objetivo de tudo o que é um falso ensinamento. Não é lutando que o processo continua. "É rendendo-se" que a vitória é assegurada.

Os acidentes acontecem porque acontecem. Certos elementos do processo da vida se juntam de um determinado modo em um determinado momento e com determinados resultados - que vocês chamam de "desastrosos", por seus motivos particulares. Contudo, podem não ser de modo algum desastrosos, dada a determinação da sua alma.

Eu lhes digo: Não existe coincidência, e nada acontece "por acaso". Vocês atraem para si todos os even-tos, para poderem criar e experimentar Quem Realmente São. Todos os verdadeiros Mestres sabem dis-so. Este é o motivo pelo qual ficam imperturbáveis diante das piores experiências da vida (como vocês as definiriam). Os grandes mestres de sua religião cristã entendem isso. Sabem que Jesus não ficou perturbado com a crucificação, mas a esperou. Ele poderia tê-la evitado, mas não a evitou. Pode-ria ter interrompido o processo em qualquer ponto. Tinha tal poder. Porém, não fez isso. Permitiu-se ser cru-cificado para ser a salvação eterna do homem. "Vejam, disse Ele, o que posso fazer. Vejam o que é ver-dade. E saibam que também farão essas coisas e muitas outras. Eu não disse que são deuses? Mas vocês não acreditam. Se não puderem acreditar nisso, acreditem em si mesmos e em Mim".

A compaixão de Jesus era tanta, que Ele implorou por um modo - e o criou - de causar tamanho impacto no mundo, que todos poderiam ir para o céu (realização pessoal) - se não de outro modo, através Dele. Porque Ele venceu o sofrimento e a morte. E vocês podem fazer o mesmo.

O maior ensinamento de Cristo não foi que vocês terão vida eterna, mas que têm; não que terão fraternidade em Deus, mas que têm; não que terão tudo que pedirem, mas que
têm. Tudo o que é preciso é saber disso. Porque vocês criam a sua realidade, e a vida só
poderá ser para vocês como pensam que será.

Pensar é o primeiro passo na criação. Deus-Pai é pensamento. "Seu pensamento é o pai que dá origem a todas as coisas". Essa é uma das leis de que devemos nos lembrar.

- Sim. O Senhor pode me dizer quais são as outras?

- Eu disse para vocês quais são todas elas, desde o início dos tempos. Repetidamente. Eu lhes enviei um mestre após o outro. Vocês não ouvem os meus mestres. Vocês os matam.

- Mas por quê? Por que matamos os mais santos entre nós? Nós os matamos ou desonramos, o que é a mesma coisa. Por quê?

- Porque eles se opõem a todos os seus pensamentos que negariam a Mim. E vocês negam a Mim, quan-do negam a si mesmos.

- Por que eu ia querer negar ao Senhor, ou a mim?

- Porque tem medo. E porque Minhas promessas são boas demais para serem verdade. Porque não consegue aceitar a Verdade maior. E por isso tem de contentar-se com uma espiritualidade que ensina medo, dependência e intolerância, em vez de amor, poder e aceitação. Você está cheio de medo - e o seu maior medo é de que a Minha maior promessa possa ser a maior mentira da vida. E, então, cria a maior fantasia que pode para defender-se disso: afirma que qualquer promessa que lhe dá poder e garante o amor de Deus deve ser a falsa promessa do demônio. Diz a si mesmo que Deus nunca faria tal promes-sa, que apenas o demônio a faria - para tentá-lo a negar a verdadeira identidade de Deus como uma entidade temível, ciumenta e vingativa, que julga e pune. Apesar do fato de que essa descrição se encaixaria melhor na de um demônio (se existisse um), você atribuiu características demoníacas a Deus para convencer-se a não aceitar as promessas divinas de seu Criador, ou as qualidades divinas do Eu.
Tamanho é o poder do medo.

- Eu estou tentando me livrar do medo. O Senhor me falará novamente mais, sobre as leis?

- A Primeira lei é que : "você pode ser, fazer e ter tudo que imaginar". A Segunda lei é que você
atrai aquilo que teme".

*****************************
Livro " Conversando com Deus" - Neale Donald 

Comentários

Passou por aqui?! Espero que tenha encontrado a LUZ DA SUA CAMINHADA

Passou por aqui?! Espero que tenha encontrado a LUZ DA SUA CAMINHADA
Volte, quando sentir O CHAMADO...

ARQUIVO

Mostrar mais