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Refletindo com Chico Xavier - Tema: Sexo.



Refletindo com Chico Xavier
Tema: Sexo

O sexo está banalizado devido à sua exploração como tema central pela massificadora propaganda de consumo. Sua utilização desequilibrada leva o Ser a mergulhos em desequilíbrios e ações cuja re-harmonização ou reparação custam caro à própria individualidade no processo evolutivo. O esclarecimento espírita faz-se, portanto, urgente para que a sociedade humana em geral desperte.
A seguir algumas opiniões desdobradas pelo médium Francisco Candido Xavier.

- Erotismo e pornografia, qual a razão de tantas publicações sobre estes assuntos? A educação sexual é necessária?
Chico Xavier - A primeira pergunta, a nosso ver, é assunto pertinente às autoridades da imprensa, às quais precisaria caber o encargo de fiscalizar a sanidade e o proveito dos artigos que a própria imprensa escrita ou rádio-televisada fornece ao mercado das idéias para consumo dos leitores.
Quanto à segunda indagação, cremos que a educação sexual é assunto a ser conduzido seriamente, no futuro, porque, no presente, em nosso âmbito pessoal, ignoramos onde estarão os professores para semelhante disciplina.

-Chico Xavier, as mulheres saíram pra luta, trabalham fora, às vezes e muitas das vezes precisam sair, trabalhar fora para ajudar seu marido. Como o Sr. vê, não essa mulher feminina que se coloca junto ao seu companheiro, llutanto pelo dia-a-dia, mas a mulher que está se negando como mulher e querendo copiar o modelo masculino. Como vê, mestre Chico, esta situação?
Chico Xavier - Acreditamos que há tarefas específicas que a mulher pode e deve desempenhar junto dos homens, colaborando com seus companheiros, os orientadores e amigos da Humanidade, aqueles que são pais, são condutores da vida, especialmente nas questões de educação, nas questões de medicina e higiene, setores em que a mulher, muitas vezes, excede em zelo e inteligência à própria capacidade masculina.
Mas, essa luta, este trabalho competitivo em que a mulher comparece diante das tarefas funcionais, disputando empregos, desejando imitar a masculinidade, nós não entendemos isso muito bem, porque se tivermos mais paciência, e um tanto mais de aceitação das nossas possibilidades, esqueceríamos essa questão abusiva a que nomeamos status, e dentro de uma vida mais simples, mais feliz, a mulher encontraria a sua verdadeira posição diante da vida.
Quanto ao número de filhos, compreendemos que é justo o planejamento familiar venha em nosso auxílio, com a direção das autoridades especialmente técnicas no assunto, para que tenhamos semelhante benefício. Mas devemos acrescentar que nesse sentido, entendendo que as relações sexuais muitas vezes são necessárias ao alimento afetivo, como agente revigorador das forças do homem e da mulher, são perfeitamente compreensíveis e dentro delas o anticoncepcional seria o caminho mais certo para que se evite a matança de milhões de crianças nas grandes capitais do mundo.

-Chico, no nosso último estudo doutrinário surgiu uma grande dúvida sobre a conduta que o jovem espírita dete ter sobre sexo.
Chico Xavier - Eu creio que um compromisso sexual deve ser profundamente respeitado. Uma terceira pessoa em qualquer compromisso sexual é uma dificuldade a superar, porque não podemos esquecer que a lesão sentimental é talvez mais importante que uma lesão física, e alguém que promete amor à alguém deve se desincumbir desse compromisso com grandeza de pensamento e sem qualquer insegurança. Não compreendo a prosmicuidade, mas a luta para que haja perfeitamente o relacionamento de alma para alma, com o repeito que devemos uns aos outros.

- O sexo é um dos principais problemas da vida? Como devo encarar o ato de sedução?
Chico Xavier - Sendo o sexo uma força criativa, diria que talvez quem não tiver problemas de sexo estará doente. Somos seres sexuados, esta é uma das realidades humanas. Aquele que nada sente neste sentido, no mínimo está com os centros genésicos oclusos. Não somos anjos e, se fôssemos, nosso lugar não seria aqui...
Saibamos porém que os anjos  não podem ser ingênuos. Eles passaram com certeza por nossas experiências. Freqüentemente, os Epíritos Orientadores nos esclarecem que devemos evitar a prosmicuidade. Isso é importante. Não de deve usar um corpo usado por outrem, assim como não se mora em duas casas concomitantemente.
Conscientizemo-nos também de que o problema de sedução irresponsável, egoística, é muito grave, de vez que contraímos séria dívida com a pessoa seduzida. Têm ocorrido caso de sedutores assassinados por suas vítmas que chegam no Além na condição de assassinos de si próprios pois que, por reações indébitas, provocaram o próprio fim. Nunca nos cabe o direito de saquear ou dilapidar a vida do próximo.
Cada um pode e deve administrar o próprio corpo como melhor lhe pareça. Devemos contudo discernir o que nos convém daquilo que significa sementeira amarga.

- E a permissividade sexual hoje existente, irá perdurar por quanto tempo?
Chico Xavier - Talvez uns 200 anos, ou mais. Sabemos o que aconteceu: durante séculos as manifestações sexuais estiveram reprimidas dentro de um círculo muito restrito por alguns que tinham interesse na repressão de suas expressões e anseios. Isso foi possível até determinado tempo. - (...)

- Que aconteceu depois? Séculos de repressão psicológica muito regida redundaram num rompimento dessas barreiras, numa liberação que ultrapassou os limites mesmo deste círculo mais amplo. - Atingiu-se assim o terreno dos extremismos sempre perigosos e potencialmente causadores de grandes males. - Que acha você da abordagem dos problemas de sexo, no tratamento dos temas doutrinários?
Chico Xavier - Acreditamos que a Obra de Allan Kardec, principalmente nos textos de "O Livro dos Espíritos", favorece essa abordagem com grande proveito, seja para o indivíduo, seja para a comunidade.

- O Espiritismo não deverá contribuir para que o problema do sexo deixe de ser um tabu?
Chico Xavier - Os Benfeitores da Vida Superior esclarecem que o Espiritismo contribuirá, decisivamente, para que os temas do sexo sejam tratados no Mundo, com o devido respeito, sem tabus que patrocinem a hipocrisia e sem a irresponsabilidade que impele à devassidão.

Fonte: Revista "Informação" Questões 1, 2 e 3, do livro "ENTENDER CONVERSANDO" Edição IDE. Questões 4 e 5, de A PONTE, Edição Globo. Questões 6 e 7 de ENTREVISTAS, Edição IDE.

Correio Didier Janeiro/Fevereiro 1999

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