Novos mundos e novas leis que se aproximam da humanidade

No momento presente a interação entre dimensões começa a fazer-se notar. Numa pequena cidade do interior do Brasil, por exemplo, em que os meios de comunicação são escassos, duas crianças, que não têm acesso a informação sobre outros universos e seus habitantes, pediram aos pais para estarem despertas à noite, esperando a chegada de companheiros de estrelas distantes. Fizeram isso com a naturalidade com que pediriam para aguardar um vizinho. Essas crianças, com menos de oito anos de idade, disseram que tais visitas se tornaram mais necessárias depois que o homem começou a usar a energia atômica. Perguntadas como ficaram sabendo daquilo, responderam que por si próprias. Falavam de todas essas coisas como se tivessem contatos com outros mundos ao mesmo tempo em que conviviam com familiares e amigos. Segundo o que transparecia, o relacionamento delas com tais seres era frequente e, em ocasiões especiais, podiam reconhecê-los como luzes que viajam pelo céu.

Os sentidos externos e a mente analítica estão deixando de ser os únicos meios de aprendizado para a raça humana. Os homens são seres em transição e devem tornar-se uma espécie superior, supramental.

Tal é o patamar agora acessível de maneira mais generalizada à humanidade terrestre, a nota que ela deve emitir para participar do acorde de civilizações evoluídas do cosmos, para penetrar as dimensões internas deste planeta.

Há pessoas que guardam registros de conhecimentos internos que, em vez de serem sepultados sob conceitos e ideias intelectuais, precisariam encontrar condições de expandir-se, abrindo espaço para a vida supranatural ir implantando-se na face da Terra. Precisariam saber que a prática do silêncio as faria vislumbrar a tarefa que têm a cumprir e as preservaria dos impasses que a mente ainda não esclarecida sobre fatos sobrenaturais normalmente traz.

Quando cultiva o silêncio, a pessoa recebe impulsos vindo de dimensões superiores. A aspiração a elevar a própria consciência permite-lhe reconhecer o nível espiritual da existência e conviver com ele de maneira cada vez mais livre. A entrega da vida ao cumprimento do que lhe inspira esse nível espiritual amplia-lhe a compreensão da realidade interna, ativa o poder de criação e torna mais fluente a materialização do que lhe cabe gerar no mundo visível.

Ao transcender limites pessoais, ao controlar a mente e as palavras, o ser humano coloca-se sob um ritmo condizente com leis imateriais, identifica-se com o plano evolutivo e com o serviço universal. Seu principal campo de contato e de polarização passa a ser "suprafísico", e assim sua vida se torna consideravelmente mais abrangente.

O ingresso em mundos "suprafísicos" pode dar-se de várias maneiras: a consciência lúcida colabora com o próprio traslado para esses mundos, mas o corpo físico permanece na dimensão em que está; a consciência e o corpo físico são trasladados para esses mundos; a consciência, o corpo físico e objetos são trasladados para esses mundos.

Há uma energia sagrada a ser impressa na matéria por intermédio do serviço abnegado. É fundamental seguir as leis da dedicação à harmonia e ao equilíbrio. Quando o ser humano tem intenções puras e se dispõe a reorganizar a própria vida para cumprir o papel que lhe cabe no plano evolutivo, seus sentidos acostumam-se às emanações sutis. Isso corresponde ao início de um novo ciclo na superfície da Terra.

Muito do que hoje chamamos de sobrenatural é algo natural que ainda não foi compreendido, ou para o que estamos desenvolvendo aptidões.

Trigueirinho