Dessa forma, nenhum de nós isoladamente irá conseguir voltar para Casa, pois necessitamos uns dos outros...

Porquê precisamos uns dos outros?
Por David Sainá
9 de outubro de 2014



Dizem que, antes de virmos para a Terra, enquanto nos encontrávamos em uma dimensão espiritual sutil, vivíamos uma realidade muito harmoniosa e bela. Nela vivíamos em equilíbrio e em irmandade, mas havia um problema. Embora a vida lá fosse muito auspiciosa, não tínhamos ainda muita consciência de nós mesmos, ou da existência de Deus em nós.



Então, nos foi dito que uma experiência muito importante seria levada a cabo em um planeta material, e que desta experiência poderíamos sair extremamente enriquecidos consciencialmente.



Assim, aqueles que aceitaram participar deste projeto, foram sendo preparados e instruídos a fim de realizá-lo. Estas pessoas somos todos nós.



Contudo, a partir do momento que passamos a encarnar fisicamente nesse planeta, esta realidade espiritual tão harmoniosa na qual vivíamos se estilhaçou em miríades de pedaços, como um espelho atingido por uma pedra!



Isso provocou a fragmentação de toda a nossa consciência, assim que mergulhamos nesta grande ilusão que caracteriza a dimensão tridimensional.



Desde então, cada um de nós tem visto a si mesmo como um ser totalmente separado do resto e, através de suas escolhas e de suas experiências, vem carregando apenas um pedaço do grande espelho original, que se partiu.



De lá para cá, temos tentado recompô-lo à nossa maneira, ou procurado avidamente por esta realidade da qual nos perdemos. Daí provém aquele inexplicável e indefinível sentimento de saudade, que muitos de nós têm de algo que não sabemos ao certo o que é.



E, diante da infinidade de pessoas e de escolhas existentes, uma vez imersos na ilusão da separatividade, passamos a imaginar que sempre a nossa opção é a melhor, que o nosso caminho é o mais adequado e que ele certamente nos levará de volta para Casa; sendo que a trilha escolhida pelos demais “não deve ser tão boa”.



Dessa forma o mundo vem caminhando, com uns querendo a todo o custo dominar e sobrepujar aos outros; tentando impor os seus próprios pontos de vista, seus conceitos e idéias aos demais.



Ocorre, porém, que vivemos atualmente um instante realmente atípico, que jamais foi vivido antes em toda a história da Terra, pois é chegada a hora de uma grande transformação.



Hoje nos encontramos em um momento decisivo, no qual o destino do planeta, de cada um de nós, e de tudo o que existe aqui está sendo redimensionado.



Ou seja, foi decidido pelas Consciências Superiores que a Terra deverá (merecidamente) ascender, elevar-se, levando consigo seus filhos, ou aqueles que tem por aspiração voltar a viver aquela realidade espiritual da qual nos perdemos.



Para tanto, a ordem transmitida do Plano Superior é clara: o espelho partido, - que representa aquela realidade perdida, - deve ser finalmente reconstruído; ou mais precisamente isso significa que a fragmentada consciência humana volte a se unificar.



Mas como isso poderá ser feito? Na verdade, teremos impreterivelmente de nos tornar mais humildes e mais respeitosos em relação aos demais, pois o que está hoje sendo mostrado é que nenhum de nós será capaz de encontrar o caminho de volta para Casa sozinho.



Para recompor o espelho da realidade que se despedaçou será preciso que todos nos reunamos como uma só unidade – a humanidade.



Será preciso que cada um de nós coloque o pedaço do espelho, que lhe coube guardar até este momento, neste grande mosaico que este tempo novo e transcendente propõe.



Assim, enquanto o último pedaço deste espelho não for posto no todo, será simplesmente impossível criar aqui a realidade luminosa que precisa manifestar-se.



Dessa forma, nenhum de nós isoladamente irá conseguir voltar para Casa, pois necessitamos uns dos outros a fim de que cada um coloque a peça que lhe cabe nesse intrincado “quebra-cabeças”!



Embora ignoremos, este pedaço de espelho que há tanto tempo todos carregamos tem um nome: chama-se Amor, - e somente o verdadeiro Amor será capaz de unir a todos.