Segundo o Plano, os insetos teriam como tarefa formar um elo entre o reino vegetal e o animal
“Aquilo que de maneira figurada é chamado de Paraíso, descrito como um lugar onde homens e animais convivem fraternalmente em paz e harmonia, não é apenas um símbolo, mas uma promessa. O contato da humanidade com os outros reinos da natureza refletirá um dia uma sintonia mais pura com a Lei Criadora.”
Ao longo de milênios, muitos dos representantes do reino humano se perderam na escura noite da vida na matéria, e também exemplares de outros reinos se desviaram da rota original. Distanciaram-se do padrão previsto pelo Plano Evolutivo.
Segundo esse plano, os insetos teriam como tarefa formar um elo entre o reino vegetal e o animal; os animais domésticos, entre o reino animal e o humano; os homens, entre os reinos infra-humanos e o espiritual. Mas de modo geral toda essa corrente de serviço não se desenvolveu como poderia, e isso se deveu, em grande parte, ao fato de o ser humano não ter cumprido o seu papel.
O homem não estimulou nos animais, como deveria, a individualização da alma e a formação de um corpo sutil que pudesse responder aos impulsos do nível mental. A individualização, etapa fundamental na evolução do ser, se dá na transição da condição animal para a humana. Pode ocorrer quando se dá ao animal a oportunidade de convívio com os que representam o degrau seguinte em sua escalada. E torna-se mais fácil quando se criam laços positivos de amor e devoção.
Além de não ter colaborado como se esperava para a individualização dos animais, o homem interferiu nas leis naturais, sobretudo com a promiscuidade sexual do período da Lemúria e com manipulações genéticas no período da Atlântida, ambas refletidas nos dias de hoje. Ademais, introduziu no campo psíquico planetário vibrações densas, provocando com isso o surgimento de muitas espécies não previstas no Plano Evolutivo, como, por exemplo, as das moscas e baratas. Provocou também a degeneração de outras, como as das formigas e as de algumas abelhas.
Se os insetos tivessem formado o elo funcional com o reino vegetal, complementando-o com a sua atividade e mobilidade, teria sido fortalecida a sua coligação com o reino dévico - composto de seres e consciências que trabalham com vibrações sutis para a manifestação da vida, a construção das formas. Os insetos teriam então favorecido a introdução de certos vegetais novos em alguns lugares específicos do globo terrestre, com várias finalidades determinadas por magnânimas consciências regentes da evolução dos mundos: a cura da humanidade, a purificação da atmosfera, a expressão de formas, cores e aromas mais perfeitos...
Embora haja insetos imprescindíveis para a perpetuação de alguns vegetais e embora em muitos casos eles os complementem no desempenho de suas funções, grande é o desequilíbrio existente hoje na face da Terra, representado pela descontrolada proliferação das espécies não previstas ou degeneradas. Mas no próximo ciclo planetário essa situação estará mudada. Passadas a presente etapa do juízo e a da restauração, outra será a realidade.
Uma mutação extraordinária está sucedendo na espécie humana e, paralelamente, no reino animal. Na consciência do homem está sendo implantado, em nível suprafísico, um novo código genético, proveniente de mundos incorpóreos. Esse novo código o capacitará a mover-se em consonância com o propósito evolutivo do planeta e a transcender a lei do carma material. Representa um grande passo, que encontra seu correspondente no reino animal.
O reino animal que hoje habita a Terra trouxe de suas experiências em outro ponto do cosmos uma marca profunda de desvio da Lei. Algo semelhante se deu com o reino humano, e também por isso essas vidas foram atraídas, juntas, para este planeta.
Tudo que o reino humano viveu está registrado em seu atual código genético, que necessita ser removido para que sua consciência interior se liberte. O mesmo se aplica ao reino animal. Se este não passar por profunda mutação, que lave e equilibre seu passado, não lhe será possível prosseguir na Terra sob a vibração e sob as leis que devem aqui se instaurar.
As espécies animais que não puderem dar esse salto evolutivo serão conduzidas a planetas mais primitivos.
As que surgiram da interferência do homem deixarão de existir como tais, pois representam uma via em saída. Na parcela resgatável do reino animal será implantado um novo código, proveniente de mundos onde não existem competição nem agressividade, e em que a substância mental é mais moldável que a atual.
Essa operação, profundamente transformadora, tem sua base em um importante centro planetário suprafísico, Lis-Fátima. É ali que o potencial dessa mutação se dinamiza e irradia, na medida adequada, aos representantes do reino animal. E é ali que estão guardadas algumas das chaves para o aprimoramento da espécie humana.
A presença de animais em certas representações simbólicas marcantes, como a do nascimento de Jesus, denota o valor da sua interação com o reino humano e, sobretudo, da participação de ambos, em conjunto, no advento da energia crística à órbita planetária.
Em que pesem as aparências, essa potente energia impregna agora cada vez mais a consciência. A todos é dada a oportunidade do encontro com a realidade maior, a realidade do mundo espiritual. E essa oportunidade traduz-se, também, na sagrada mutação que está ocorrendo sutilmente nesses reinos.
É o despertar para a realidade de Lis-Fátima que trará à manifestação o Paraíso existente como arquétipo celestial.
Boletim de Sinais, n° 12, janeiro-abril, 2002
Baseado em O Ressurgimento de Fátima, de Trigueirinho, Editora Pensamento
Baseado em O Ressurgimento de Fátima, de Trigueirinho, Editora Pensamento
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