A fagulha do ser Divino que está em nós não é...
por Tatiana Ito Coimbra
Deus é o Todo, formador de tudo, é Onisciente, Onipotente, Indivisível, Infinito, Eterno, Imutável, Incognoscível. Ele está no comando, Suas Leis estão, Ele é nosso Pai e Nele vivemos. Mas todo o Universo que chamamos de real é Maya, uma ilusão criada por nossa mente. Porque nossa mente acha que somos seres independentes; nosso ser não reconheceu a partícula divina que está esperando emergir quando deixarmos o egoísmo de lado, ao perdermos nossa identificação com Maya e nosso ego. Esta ilusão que nos parece tão real é formada de energias provenientes da causa e efeito de nossos atos; inquiridos pela nossa mente que faz uma projeção das ações resultantes de nosso livre-arbítrio, porém ao nos libertarmos da satisfação dos desejos e fazer nossa personalidade "morrer"podemos sentir Deus, e se permanecermos nesta vibração, Viver no Vivente, ser Ungido pelo Espírito Santo, Entrar no Nirvana/Consciência Cósmica e conseguimos entrar na Mônada como Filho (sendo Pai, Filho, Espírito Santo).
É para aprendermos que, quando cometemos uma má ação, ela volta para nós. Estamos em todos os momentos da vida plasmando, criando o dia de amanhã, no presente, para que nos tornemos puros, sábios e comecemos a ouvir a intuição/a voz do coração
Então, ao sair do Eu individual não dando atenção às solicitações da própria mente e da opinião de outros, canalizando as energias para o Criador, desde pensamentos até atos, e mantendo distância de pensamentos a atos ruins, saímos da ilusão. A fagulha do ser Divino que está em nós não é nosso corpo, não são nossos objetos materiais, não é nossa emoção nem nossa mente; é o que se mantém em todas as reencarnações, por todas as vidas, a essência que manifestamos quando bebês, e vai sendo escondida devido as tradições vigentes e ao ego.
A filosofia, a ciência, a arte e a religião são os pilares da Gnosis e permitem que o ser humano perceba e modifique esta identificação com a vida real, com a matéria, através de outras formas de pensar a vida; das descobertas matemáticas que traduzem o cosmos e que desvendam o corpo e a vida, das máscaras que um ator pode usar que são as mesmas que todos utilizamos diariamente; da fé que nos torna cônscios da verdade, que pode ter sido vivenciada por nós ou pelos mestres que seguimos, respectivamente. É possível chegar a viver deste modo, como diversos Avatares e Mestres, através do discernimento da Verdade, que está acima do bem e do mal.
CONSIDERAÇÕES sobre o livro "A Jóia Suprema do Discernimento", de Shankara.
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