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QUANDO NOSSOS AMIGOS, LÍDERES E HERÓIS MORREM



QUANDO NOSSOS AMIGOS, LÍDERES E HERÓIS MORREM

Mensagem de Jennifer Hoffman
14 de Agosto de 2014.


Como muitos de vocês, eu fiquei surpresa ao ouvir sobre a morte de Robin Williams nesta semana, mas de certa maneira, não fiquei. Embora eu o considerasse muito engraçado e gostasse dele, havia uma ansiedade com ele, uma energia infeliz que o envolvia, que eu sempre me questionei.

O que ele estava escondendo?
 
Se vocês o viram em uma representação ao vivo, sabem que ele extrapolava e nunca parecia se importar a quem ele insultava ou magoava. O riso lhe dava uma licença criativa sobre a sua dor e eu suspeito que quanto mais ele entrava em sua escuridão, mais ele precisava usar o escárnio e a sátira para lidar.

Será que ele justificaria o seu sofrimento se ele pudesse fazer as pessoas rirem neste processo de cura?

Este foi um sinal de perigo para mim e eu acho que estava certa. Mas ele era amado e celebrado por milhões e quando nossos heróis, líderes e amigos morrem, mesmo aqueles que nunca encontramos cara a cara, há um importante impacto global e influência que não podemos ignorar e a passagem inclui uma dádiva que podemos desfrutar.

Seus problemas de dependência às drogas e ao álcool não são surpreendentes, devido a sua energia.

Pessoas como ele, cuja personalidade, dons, talentos e mensagens atraem uma ampla gama de pessoas, muitas vezes vivem entre mundos e é difícil para elas ficarem ancoradas, assim elas se voltam para o álcool, ou as drogas, a partir de uma necessidade de escapar da atração de sua energia e para encontrar o equilíbrio em um mundo que, literalmente, despedaça-os energeticamente. 

Uma vez que vocês seguem por este caminho, é difícil escapar dele.

Nada tenho contra o uso de drogas ou álcool, embora eu não os use (com exceção de um copo de vinho – sou francesa), eu não bebo, e isto é porque eles não me atraem. E eu tenho visto muitas pessoas que dão este passo neste caminho e então caem em um vórtice de vícios, porque elas pensam erroneamente que podem escapar na euforia de sua “alegria” artificial, sem pagar as consequências.

Para alguns, como Robin Williams, este caminho é uma ladeira escorregadia, porque a sua energia está dispersa e diluída, e seus problemas pessoais, que lhes permitem interessar a muitas pessoas, são ampliados.

O álcool e/ou as drogas podem proporcionar alívio, mas eles se tornam viciados quando se tornam dependentes de fontes externas, em vez de se fortalecerem interiormente.

Isto, também, é uma ladeira escorregadia, porque é através dos seus demônios internos que elas expressam o seu gênio criativo, a sua raiva e a dor são o seu fogo criativo. Se elas manifestam este fogo, elas não têm mais o recurso criativo, ou assim elas acreditam.

Em nosso mundo conectado e intensamente social, pessoas como Robin Williams se tornam nossos amigos, líderes e heróis, ainda que nunca possamos conhecê-los pessoalmente. Podemos ficar muito perto deles e compartilhar um tipo de intimidade que torna difícil reconhecer a sua humanidade.

Assim, quando eles morrem, sentimo-nos traídos e feridos, como ficaríamos se os tivéssemos conhecido pessoalmente. Mas é o que eles nos dão, a alegria e a conexão, que torna a conexão tão fácil e tão universal.

E a sua morte é também universalmente sentida e evoca uma reação que inclui a traição – os heróis, os amigos e os líderes não devem morrer, eles são super-humanos, não sujeitos às mesmas regras e limitações que nós. E, no entanto, eles estão, como descobrimos nesta semana.

A tristeza que se seguiu à notícia da morte de Robin, foi outro vórtice de compaixão que se abre quando há uma necessidade de liberarmos a tristeza e nos abrirmos para recebermos mais amor.

Como seres físicos, nós somos governados pela lei física e uma destas leis afirma: “Dois objetos não podem ocupar o mesmo espaço, ao mesmo tempo.” Isto inclui o espaço físico, bem como o espaço energético.

Tivemos algumas transmissões muito fortes de energia nas últimas semanas, mas a menos que liberemos um pouco da energia que estamos incorporando, não há espaço para colocá-la. A energia da tristeza ocupa muito espaço energético, mas é difícil liberar, porque nos faz sentir muito mal.

Assim, quando precisarmos liberar a tristeza, um vórtice de compaixão irá se abrir, criado por um evento que torna a todos muito tristes, para permitir que a energia flua, para que seja substituído por uma energia mais elevada do amor.

Aqueles que são dotados por um coração que eles compartilham com o mundo são, frequentemente, abençoados por uma vida que os força a aprender como incorporar a alegria – eles ou aprendem a rir ou a chorar, o tempo todo. Acredito que isto foi parte da jornada de Robin Williams e o seu dom à humanidade.

Se vocês o vêem como um amigo, herói, ou líder, ele foi, definitivamente, engraçado, compartilhando a sua marca única de alegria, humor, insight e percepção com o mundo.

Ele fará falta, mas mais do que isto, seu último presente para nós foi o de abrir os nossos corações para maiores níveis de recepção, para que pudéssemos liberar mais tristeza para incorporarmos ainda mais amor e desfrutarmos de um dom maior da conexão, através de nossa tristeza compartilhada pela sua passagem.

Descanse em paz, Robin.

A sua jornada nos serviu bem e iremos nos lembrar de você com carinho.


http://enlighteninglife.com/
Tradução: Regina Drumond

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