9 de dezembro: Nossa Senhora de Guadalupe...
http://www.youtube.com/watch?v=zwIQLQF8RwU - documentário Virgem Guadalupe 54 minutos - em português
Breve resumo da história
No
dia 9 de dezembro de 1531, na cidade do México, Nossa Senhora apareceu
ao nobre índio Quauhtlatoatzin — que havia sido batizado com o nome de
Juan Diego — e pediu-lhe que dissesse ao bispo da cidade para construir
uma igreja em sua honra. Juan Diego transmitiu o pedido, e o bispo
exigiu alguma prova de que efetivamente a Virgem aparecera. Recebendo de
Juan Diego o pedido, Nossa Senhora fez crescer flores numa colina
semi-desértica em pleno inverno, as quais Juan Diego devia levar ao
bispo. Este o fez no dia 12 de dezembro, acondicionando-as no seu manto.
Ao abri-lo diante do bispo e de várias outras pessoas, verificaram
admirados que a imagem de Nossa Senhora estava estampada no manto. Muito
resumidamente, esta é a história, que foi registrada em documento
escrito. Se ficasse só nisso, facilmente poderiam os céticos dizer que é
só história, nada há de científico.
Os
problemas para eles começam com o fato de ter-se conservado o manto de
Juan Diego, no qual está impressa até hoje a imagem. Esse tipo de manto,
conhecido no México como tilma, é feito de tecido grosseiro, e deveria
ter-se desfeito há muito tempo. No século XVIII, pessoas piedosas
decidiram fazer uma cópia da imagem, a mais fidedigna possível. Teceram
uma tilma idêntica, com as mesmas fibras de maguey da original. Apesar
de todo o cuidado, a tilma se desfez em quinze anos. O manto de
Guadalupe tem hoje 475 anos, portanto nada deveria restar dele.
Uma
vez que o manto (ou tilma) existe, é possível estudá-lo a fim de
definir, por exemplo, o método usado para se imprimir nele a imagem.
Comecemos pela pintura. Em 1936, o bispo da cidade do México pediu ao
Dr. Richard Kuhn que analisasse três fibras do manto, para descobrir
qual o material utilizado na pintura. Para surpresa de todos, o
cientista constatou que as tintas não têm origem vegetal, nem mineral,
nem animal, nem de algum dos 111 elementos conhecidos. “Erro do
cientista” — poderia objetar algum cético. Difícil, respondemos nós,
pois o Dr. Kuhn foi prêmio Nobel de Química em 1938.(2) Além do mais,
ele não era católico, mas de origem judia, o que exclui parti-pris
religioso.
No
dia 7 de maio de 1979 o prof. Phillip Serna Callahan, biofísico da
Universidade da Flórida, junto com especialistas da NASA, analisou a
imagem. Desejavam verificar se a imagem é uma fotografia. Resultou que
não é fotografia, pois não há impressão no tecido. Eles fizeram mais de
40 fotografias infravermelhas para verificar como é a pintura. E
constataram que a imagem não está colada ao manto, mas se encontra 3
décimos de milímetro distante da tilma. Para os céticos, outra
complicação: verificaram que, ao aproximar os olhos a menos de 10 cm da
tilma, não se vê a imagem ou as cores dela, mas só as fibras do manto.
Convém
ter em conta que ao longo dos tempos foram pintadas no manto outras
figuras. Estas vão se transformando em manchas ou desaparecem. No caso
delas, o material e as técnicas utilizadas são fáceis de determinar, o
que não acontece com a imagem de Nossa Senhora.
Os olhos da imagem
Um olho da Imagem visto de perto
Talvez
o que mais intriga os cientistas sobre o manto de Nossa Senhora de
Guadalupe são os olhos dela. Com efeito, desde que em 1929 o fotógrafo
Alfonso Marcué Gonzalez descobriu uma figura minúscula no olho direito,
não cessam de aparecer as surpresas. Devemos primeiro ter em vista que
os olhos da imagem são muito pequenos, e as pupilas deles, naturalmente
ainda menores. Nessa superfície de apenas 8 milímetros de diâmetro
aparecem nada menos de 13 figuras! O cientista José Aste Tonsmann,
engenheiro de sistemas da Universidade de Cornell e especialista da IBM
no processamento digital de imagens, dá três motivos pelos quais essas
imagens não podem ser obra humana:
•
Primeiro, porque elas não são visíveis para o olho humano, salvo a
figura maior, de um espanhol. Ninguém poderia pintar silhuetas tão
pequenas;
•
Em segundo lugar, não se consegue averiguar quais materiais foram
utilizados para formar as figuras. Toda a imagem da Virgem não está
pintada, e ninguém sabe como foi estampada no manto de Juan Diego;
•
Em terceiro lugar, as treze figuras se repetem nos dois olhos. E o
tamanho de cada uma delas depende da distância do personagem em relação
ao olho esquerdo ou direito da Virgem.
Esse
engenheiro ficou seriamente comovido ao descobrir que, assim como os
olhos da Virgem refletem as pessoas diante dela, os olhos de uma das
figuras refletidas, a do bispo Zumárraga, refletem por sua vez a figura
do índio Juan Diego abrindo sua tilma e mostrando a imagem da Virgem.
Qual o tamanho desta imagem? Um quarto de mícron, ou seja, um milímetro
dividido em quatro milhões de vezes. Quem poderia pintar uma figura de
tamanho tão microscópico? Mais ainda, no século XVI...
Tentativa de apagar o milagre
Assim
como meu conhecido não desejava falar do Santo Sudário, outros não
querem ouvir falar dessa imagem, que representa para eles problemas
insolúveis. O anarquista espanhol Luciano Perez era um desses, e no dia
14 de novembro de 1921 colocou ao lado da imagem um arranjo de flores,
dentro do qual havia dissimulado uma potente bomba. Ao explodir, tudo o
que estava perto ficou seriamente danificado. Uma cruz metálica, que
ficou dobrada, hoje se conserva no templo como testemunha do poder da
bomba. Mas... a imagem da Virgem não sofreu dano algum.
E
ainda ela está hoje ali, no templo construído em sua honra, assim como
uma vez esteve Nosso Senhor diante do Apóstolo São Tomé e lhe ordenou
colocar sua mão no costado aberto pela lança. São Tomé colocou a mão e,
verificada a realidade, honestamente acreditou na Ressurreição. Terão
essa mesma honestidade intelectual os incrédulos de hoje? Não sei,
porque assim como não há pior cego do que o que não quer ver, não há
pior ateu do que o que não deseja acreditar. Mas, como católicos,
devemos rezar também por esse tipo de pessoas, pedindo a Nossa Senhora
de Guadalupe que lhes dê a graça de serem honestas consigo mesmas.
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