Isolar-se não adianta nada.
Maria Chambers
30 de outubro de 2015
Quando um pioneiro da nova energia decide fazer uma jornada para onde ninguém foi antes, ele às vezes se sente sozinho. Essas pessoas estão deixando para trás um mundo em que a maioria se sente incompleta, e busca preencher-se com alguém ou alguma coisa externa a si própria. Os pioneiro fazem isso numerosas vezes, em muitas existências, de diversas formas, de modo que eles sabem que isso realmente não funciona, apenas amplia a solidão.
Agora, quando os pioneiros despertam, descobrem que são inteiros e completos. Que a solidão é mais sobre a condição humana do que acerca da verdade que eles são muito mais do que apenas humanos, e que definitivamente não estão sozinhos. Eles têm o espirito, têm suas almas para fazer-lhes companhia. Eles têm o amor e o apoio, às vezes, se sentem perdidos em um mundo adormecido. Os lugares que frequentam consistem de humanos maravilhosos, mas essas pessoas, em sua maior parte, não estão cientes da trajetória do pioneiro. As pessoas despertas, às vezes, atraem outras para a sua vida, a partir desse lugar de solidão. Mas, então, percebem que estão se dirigindo para alguns problemas se continuar. Essa sensação temporária de conexão tem um preço.
Você pode ser alguém que goste de compartilhar quem você é com os outros, mas agora, você constata que se não discernir acerca de com quem compartilha, isso pode conduzi-lo a algum drama. Você pode sentir falta da interação com os demais, e, às vezes, acolhe bem algumas ligações, mesmo se não for a sua primeira opção. Isso está bem. Não seja duro consigo mesmo. É um desafio. E aprendi que não posso correr dos sentimentos de solidão. Estou aprendendo a convidá-lo, e não me julgo por senti-los. Leva muito tempo para transmutá-los.
Ser consciente é maravilhoso, mas, às vezes, nos sentimos muito desconfortáveis, enquanto ainda vivemos em um mundo que está, em grande parte, inconsciente. Um mundo em que é considerado esquisito não querer estar em um relacionamento. Devido ao fato de sermos empáticos, estamos também captando a solidão das pessoas que nos rodeiam, até daquelas que estão em relacionamentos, principalmente se elas não reconhecerem a própria solidão, mas, em vez disso, estão se mantendo ocupadas para evitar tal reconhecimento.
Você está no processo de trazer o lar do espírito para a sua vida, para o seu corpo. A solidão faz parte do processo. Assim também é a depressão, a raiva, a impaciência, o tédio e quaisquer outros sentimentos que você possa considerar que não são espirituais. Você está aprendendo a permitir que essas emoções possam vir e ir, e portanto, mantenha o equilíbrio em um mundo que parece cada vez mais fora do equilíbrio. Em um mundo que é preenchido com o que está do lado de fora. Leva algum tempo para que se acostume a preencher-se com o que vem do seu íntimo. Requer coragem para permitir que todos os assim chamados sentimentos sombrios possam vir e ir. Mas, o mestre aprende a utilizá-los, a transmutá-los, e quando você pensa acerca disso, é apenas energia.
Agora, ao dizer tudo isso, está certo conectar-se com os outros, mesmo aqueles que não estejam ainda conscientes no nível em que você está. Isolar-se não adianta nada. Há muita coisa a ser aprendida com os outros, algumas vezes. Mas, esteja ciente de que, às vezes, é fácil ficar enredado com alguém que realmente você não pretendia. Você tem uma luz brilhante, uma bela energia, e as outras pessoas reconhecem isso. Mas, alguns pensam que estar envolvido com você vai satisfazer a sua fome. O discernimento é importante aqui. Confie em seus sentimentos e se você sentir que os seus limites foram ultrapassados, faça o que for necessário a fim de se trazer de volta. Quer tenha sido a sua solidão ou a da outra pessoa que deu início à ligação, confie em seus instintos a cada passo do caminho. Você está aprendendo a ler além das palavras. Você saberá quando é a hora de ir para casa, de modo metafórico e físico.
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Tradução de Ivete Brito
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