Até onde estamos dispostos a ir?
MUDANDO AS MARCHAS PARA NOVAS FREQUÊNCIAS
Mensagem de Jennifer Hoffman
Se você já dirigiu um carro com uma mudança no câmbio, sabe que isto requer uma associação equilibrada de ação e tempo. Eu aprendi como dirigir um carro com uma transmissão manual e não foi um processo elegante. No início, o progresso foi medido em centímetros, enquanto eu aprendia a coordenar a embreagem e o acelerador, e o carro morria em poucos segundos. Agora eu o faço sem esforço e ainda que eu tenha dirigido um automático durante anos, eu domino facilmente a direção manual em alguns minutos no carro.
Antes de me aprofundar neste tema, quero sugerir que as lutas com as mudanças que as transmissões de energia exigem, e que estamos tendo agora, são bem parecidas com este processo e precisamos nos lembrar do que já sabemos, a fim de ajudarmos este processo a prosseguir de forma mais suave. Se encararmos o processo como uma recalibração da expansão da energia, em vez de uma “partida desde o início”, é menos frustrante e teremos uma perspectiva diferente sobre a falta de movimento, bem como as paradas e as partidas.
Quando você aprende a dirigir um carro com uma transmissão manual, você aprende rapidamente que cada marcha tem uma velocidade máxima limitada. O carro não irá muito rápido na primeira marcha, não importa o quanto você empurre o pedal do acelerador. Se tentar ir mais rápido do que a marcha permite, o carro fará muito barulho. O aumento da velocidade requer que você mude as marchas, pressionando o pedal da embreagem, liberando o pedal do acelerador e mudando o câmbio para a marcha seguinte. Se você tentar mudar o câmbio sem empurrar o pedal da embreagem, o carro fará muito barulho, e poderá causar alguns danos sérios. Da mesma forma se você mantiver o pé no pedal do acelerador, enquanto tenta mudar a marcha, o carro fará também muito barulho.
E se você tentar dirigir o carro muito rápido em uma marcha baixa, o motor ficará danificado. Quando eu aluguei um carro na Europa no ano passado a agente me perguntou se eu sabia como dirigir um carro manual e eu disse: “É claro”. Ela me perguntou isto porque alguém tinha dirigido um dos seus carros na primeira marcha, de Munique à Paris, e danificou o motor, pois este ficara muito quente.
O processo é incremental, também; você tem que mudar da primeira marcha para a segunda, para a terceira, etc, porque se você tentar pular as marchas, o carro irá diminuir a velocidade e morrerá, e irá parecer que você não sabe dirigir (sem mencionar o fato de parar no meio da estrada). O processo de aprender a fazer uma mudança de marcha é doloroso (sei muito bem disto) e é uma questão de tempo e coordenação, o que é muito parecido com a jornada em que estamos agora. E enquanto você está aprendendo, o carro faz muito barulho. Na verdade, é assim que você sabe que está fazendo algo errado, o carro faz muitos ruídos, ou ele não se movimenta sob qualquer condição.
O estranho sobre este processo é quando o pedal da embreagem é empurrado, o carro está em ponto morto e o motor é desengatado da transmissão. Neste ponto, não importa o quanto empurremos o pedal do acelerador, o carro não se moverá mais rápido. Estamos também no ponto neutro, enquanto estamos mudando as marchas energeticamente e nada parece estar acontecendo. Na realidade, estamos ainda em movimento e avançando, mas estamos nos locomovendo até que uma marcha maior seja engatada, e então possamos avançar com mais rapidez. E se tentarmos ir mais rápido sem nos darmos algum tempo neutro, enquanto estamos nos preparando para mudar as marchas, poderemos ouvir muito barulho e embora não possamos fazer qualquer dano, poderemos nos sentir muito presos.
E eu nem mesmo mencionei o que acontece quando você tem que parar em uma ladeira e assim que você empurra a embreagem o carro começa a se mover para trás. Então, você apenas espera que o carro atrás de você não esteja tão perto, de forma que você bata nele enquanto está tentando coordenar o pedal do acelerador e trocar as marchas, e se mover para frente.
Este processo é muito parecido com o que estamos passando, cada vez que a nossa energia está pronta para mudar, ou seja, cada vez que olhamos para as nossas vidas e nos perguntamos se há algo mais disponível para nós. Nossa insatisfação atual é o portal para novos potenciais, se pudermos nos dar o tempo para mudar as marchas, passando pela fase neutra e usando este tempo para avaliar onde queremos ir em seguida. Querer sempre avançar, ir rapidamente de uma coisa para outra, continuar seguindo adiante, é parte do ser humano. Mas a nossa conexão com a Vontade Divina reside nas pausas, naqueles momentos em que nos desvinculamos do nosso movimento para frente e estamos nos deslocando, para que possamos nos desligar e avaliarmos os próximos passos.
Nestes momentos podemos fazer perguntas esclarecedoras como:
Para que mudança a nossa atenção está sendo atraída?
Qual é o nosso próximo e melhor passo (que é o que nos serve melhor, que é o mais capacitado e alinhado com a nossa intenção?).
O quanto de mudança estamos dispostos a nos permitir ter?
O que estamos dispostos a liberar e deixar para trás, enquanto mudamos para outra marcha? A entrega é como conseguimos os nossos próximos resultados.
Até onde estamos dispostos a ir?
Se usarmos este tempo para fazermos muito ruído, como nos queixarmos de que não estamos avançando com muita rapidez, que nos sentimos presos, ou que estamos frustrados com a falta de progresso, não estaremos usando a pausa de forma eficaz e tentando nos mover antes que possamos mudar as marchas. Em breve, iremos alcançar o limite da marcha (o nível de energia) em que estamos e teremos que nos preparar para mudar de marcha novamente. Eventualmente, poderemos aprender a usar as pausas de maneiras poderosas, prepararmo-nos para a próxima mudança, de modo que fluamos nela com graça e facilidade e não com muito barulho.
Você está pronto para a sua próxima mudança em uma marcha maior? É um processo ruidoso ou parece que ele está avançando muito lentamente? Tente fazer as perguntas esclarecedoras acima para avaliar onde você está no momento e use o poder da pausa para fortalecer o seu potencial, para que você flua em seu próximo nível energético com graça e tranquilidade.
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Tradução de Regina Drumond Chichorro
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