A proposição do Mestre ia muito além da dieta alimentar.
Necessário serenar a alma e as ideias preconcebidas, e refletir profundamente sobre a proposta de jejum e oração oferecida pelo Rabi.
Será que Jesus, ao propor o ato de jejuar, referia-se a deixar de se alimentar regularmente?
Pois é assim que muitos entendem até os dias de hoje. Por isso, faz-se mister que nos debrucemos sobre a temática a partir deste ponto.
A proposição do Mestre ia muito além da dieta alimentar.
Ele trazia a ideia da abstinência moral, de abster-se de tudo aquilo que nos conduz aos excessos.
Fala Ele, assim, de um jejum do comportamento doentio. Este é o único caminho para a libertação das influências deletérias dos obsessores espirituais.
A oração é primordial, pois nos liga ao Criador, nos purifica os pensamentos e eleva a sintonia mental.
Junto dela, a mudança de comportamento, de direção nos propósitos de vida é fundamental.
Os Espíritos infelizes se ligam a nós através da sintonia com nossas misérias íntimas.
Se deixarmos de cultivar tais misérias, se alterarmos a faixa mental, não haverá mais compatibilidade nesse plug psíquico.
A privação das ações negativas, dos desejos malsãos deve ser o jejum para a alma que deseja se libertar de qualquer influência espiritual inferior.
A fé raciocinada e a ação no bem nos protegem de tudo.
Não há o que temer, quando as mãos estão perfumadas pelas flores do bem que deixamos pelo caminho.
Não há o que temer, quando o coração está aquecido pela certeza de que as Leis de Deus são perfeitas, e que a Presença Divina é constante em nossas vidas.
Perante qualquer dificuldade que venhamos a enfrentar, lembremos da lição do jejum e da oração. Lembremos deste medicamento poderoso de que todos nós dispomos.
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