O desânimo não pode tomar conta da nossa vida
À beira do desânimo
Momento Espirita
Há dias em que não queremos fazer nada. Acordamos um tanto pra baixo, não sabemos a razão. Tivemos sonhos ruins, acordamos desorientados, não dormimos bem.
Há dias que parecem parados no tempo. Olhamo-nos no espelho e não vemos nada. Nada além de um rosto cansado, triste.
São dias desafiadores, pois fazer as coisas sem vontade de fazê-las é verdadeira tortura.
No entanto, esses são dias de autodescobrimento também.
- Por que nos sentimos assim? O que nos alterou dessa forma?
- Temos vivenciado muitos dias como este? Ou este é apenas uma exceção?
A autoanálise precisa ser uma constante em nossas vidas. Não podemos deixar que as emoções tomem conta de nossa existência. Somos nós que temos as emoções e não elas que nos têm.
Dia ou outro de desânimo é até natural. Estamos em plena batalha e, por vezes, precisamos descansar.
Porém, lembremos, o desânimo não pode tomar conta da nossa vida. Podemos senti-lo, acompanhá-lo de perto, cuidando, como um bom médico que monitora seu paciente.
Por mais dura que seja, a reencarnação é oportunidade singular, magnífica, conseguida após planejamento minucioso e cuidadoso por parte das leis maiores.
Valorizá-la é lutar contra tudo aquilo que pode vir a sabotá-la e paralisá-la.
Amarmo-nos, em primeiro lugar, descobrindo-nos cada dia mais lúcidos e gratos por tudo.
Os dias atuais nos colocarão diante de muitas "beiras". À beira do desespero, à beira da cólera, à beira do desânimo e tudo o que com ele vem.
Sábio é aquele que chega na beira, olha para o despenhadeiro, contempla o horizonte e pode dizer: Eu fui o mais forte. Sobrevivi mais um dia. Cresci mais um dia.
Logo estaremos de volta à pátria espiritual, todos nós, alguns antes, alguns mais tarde. Não sabemos ao certo o dia da partida.
Que o desânimo não nos roube um dia sequer, até a chegada da grande hora do retorno.
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Momento Espirita
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