Jesus:O Maior Fenômeno da História
Jesus é o maior fenômeno da História. Com menos
de três anos de atividade missionária, sua influência foi,
e continua sendo, decisiva no desenvolvimento social da
humanidade.
E 'por causa dele que a humanidade passou por radical
inflexão evolucionária em seu processo histórico.
Historiadores imaginam que a hegemonia de Roma foi
destruída pelas invasões bárbaras, mas se esquecem que,
na sua maioria, os bárbaros já haviam se convertido ao
Cristianismo por causa dos esforços missionários.
Mais ainda: foi Jesus quem desencadeou o único
movimento de renovação social que tem direito ao título
de revolução em toda a história da humanidade. Todos os
movimentos que os historiadores louvam em seus tratados
foram, até hoje, meras maquiagens sociais que mudaram
apenas aspectos superficiais da sociedade sem atingir o
ponto fundamental – o Homem. Por isso, ainda não se
conseguiu uma sociedade justa em todos os sentidos. Que
o homem deve ser o objeto principal de qualquer
movimento transformador, é uma derivação lógica da
própria definição durkheimiana da sociedade como sendo
a síntese dos indivíduos que a compõe.Que o egoísmo é o maior obstáculo
à elevação moral da Humanidade, é reconhecido pelos ensinos espirituais.
Qual vício podemos considerar radical?
Já dissemos muitas vezes que é o egoísmo, pois dele
deriva todo o mal. Estudai todos os vícios e vereis
que na sua base está o egoísmo. Podereis combatê-los,
mas não conseguireis extirpá-los enquanto não
atacardes o mal pela raiz, não tiverdes destruído a
causa. Que todos os vossos esforços, portanto, sejam
nesse sentido, pois no egoísmo se encontra a verdadeira
chaga da sociedade. Quem quiser aproximar-se,
desde esta vida, da perfeição moral, deve extirpar
do seu coração todo o sentimento de egoísmo, pois
ele é incompatível com a justiça, o amor e a caridade.
Ele neutraliza todas as qualidades.
Conscientizado o homem da sua condição de
Espírito, a etapa seguinte é fazê-lo viver as conseqüências
dessa conscientização, pela reforma de hábitos e atitudes,
de acordo com a ética cristã, instando-o para viver o
altruísmo e o amor, destruindo o impulso centralizador
da personalidade – o egoísmo.
Qual o meio de destruir o egoísmo?
De todas as imperfeições humanas, a mais difícil de
erradicar é o egoísmo, porque se prende à influência
da matéria da qual o homem, ainda muito próximo
da sua origem, não pôde se livrar e essa influência
concorre para mantê-lo: suas leis, sua organização
social, sua educação. O egoísmo diminuirá com a predominância
da vida moral sobre a vida material.
O egoísmo tem por base a importância da personalidade.
Ver as "coisas do alto" de certa maneira, faz
o sentimento da personalidade desaparecer, diante
da imensidão. Ofendido pelo egoísmo dos outros, o homem torna-se
egoísta porque sente necessidade de se colocar na
defensiva. Ao ver que os outros pensam em si próprios
e não nele, é levado a ocupar-se mais de si que dos outros.
Que o princípio da caridade e da fraternidade, pois,
esteja na base das instituições sociais, das relações
legais entre os povos e entre os homens, e o homem
pensará menos em si próprio quando vir que os ou-
tros pensam nele. Sofrerá a influência moralizadora
do exemplo e do contato. Em face dessa recrudescência
do egoísmo, é preciso uma verdadeira virtude para
fazer o homem abnegar da sua personalidade em proveito
dos outros que, em geral, não são reconhecidos.
É sobretudo aos que possuem essa virtude que o reino
dos céus está aberto; a eles está reservada a felicidade
dos eleitos, pois em verdade vos digo que, "no
dia do juízo, quem só tiver pensado em si próprio será
apartado, e sofrerá do seu abandono".
A base das conquistas citadas está nos ensinos de Jesus.
O rabi Galileu nunca assumiu uma postura de
Filósofo das massas. Muito pelo contrário, os ensinamentos
que ministrou sempre foram dirigidos, de forma
particular, para cada um dos seus ouvintes, e continuam a
ter um caráter individual.
A transformação social deve acontecer de dentro para fora.
Será necessário que os indivíduos se transformem individualmente,
em primeiro lugar, antes de exigirem a modificação dos outros.
O Mestre sabia que uma sociedade é sempre a síntese dos elementos
que a compõem. Através do exemplo particular, cada um que realize
sua reforma.
Do livro: Quando o Amor veio `a Terra - Djalma Argollo
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