É difícil negar o clima cósmico um tanto turbulento em que nos encontramos agora.
ATRAVÉS DE MARES TEMPESTUOSOS
Uma mensagem de Sarah –Jane Grace
28 de Maio de 2012
Enquanto os céus continuam a tecer uma nova rede de consciência dentro e fora de nossas vidas, alcançamos uma fase de grande mudança, enquanto começamos a enfrentar os demônios e medos internos. Todos nós temos sofrimentos a suportar e desafios a superar, pois isto faz parte da vida. Algumas vezes, as coisas acontecem e temos pouco controle sobre elas e fazemos escolhas ou tomamos decisões que nos levam a um caminho árduo ou difícil. Há muitas rotas para o Ser, e muitas envolvem terminar nos recessos escuros da vida, a fim de nos movermos além do medo, para um espaço de conhecimento e de amor.
É difícil negar o clima cósmico um tanto turbulento em que nos encontramos agora.
De muitas maneiras, a vida parece bem difícil no momento, mas ao mesmo tempo, enquanto chega a luz do novo amanhecer, há um dinamismo e alegria que parece extraordinário e Divino. Enquanto as energias fluem e refluem em alguns níveis, elas rodopiam em outros. Isto é confuso e pode parecer opressivo. Podemos nos perceber agitados pelas ondas e correntes da vida, e até caminhar na água pode ser cansativo. Podemos às vezes nos sentir como um pedaço de madeira sendo carregado para “quem sabe onde”, batendo contra as rochas e nos sentindo cansados e esgotados.
Quando reservamos um momento para recuarmos deste retrato do momento atual, nós nos permitimos um espaço para respirar um pouco, para nos concentrarmos e focarmos, e percebemos que apesar da agitação e do turbilhão, interiormente estamos tranqüilos e energizados. É muito fácil nos perdermos no caos da vida, sermos carregados pelas correntes, mas não somos pedaços de madeira flutuante, a menos que escolhamos assim. Algumas vezes é mais fácil ser levado pela vida, pois isto evita a tomada de grandes decisões, de assumirmos a responsabilidade e isto significa que nunca temos que ser verdadeiramente responsáveis pelo que realizamos ou não na vida. Palavras fortes, mas necessárias, pois parece que alcançamos agora um estágio de escolha: podemos permanecer como troncos, ou podemos estar em harmonia com o Todo, a fim de reivindicarmos a nossa verdadeira essência e encontrarmos a paz interior.
Em muitos sentidos, isto se trata de percepção. Se nos sentimos impotentes, então somos impotentes. Se nos sentimos cansados da vida, então a vida se torna extenuante. Entretanto, se nos ligarmos ao brilho excitante e exuberante deste tempo mágico, podemos começar a encontrar a paz, a força e a sabedoria.
Todos nós temos momentos em que nos sentimos desorientados na vida, em que aqueles recessos escuros assumem e pouca luz se manifesta. No entanto, é da escuridão que emerge a compreensão, pois a escuridão não é algum espaço estranho para temer ou negar, é uma parte de todos e de cada um de nós. Para sermos equilibrados e íntegros, precisamos honrar a escuridão interior. Temê-la, estimula-a e a encoraja a crescer. É quando honramos a escuridão que deixamos ir o medo, a angústia e a ansiedade. Não se trata de afundar na dor e no desespero, porém, trata-se de sermos honestos conosco, a fim de encontrarmos a paz interior. É a partir desta paz que surge um verdadeiro sentido de propósito e de conhecimento...
Enquanto prosseguimos ao longo do estreito caminho, e através de mares tempestuosos, o medo é a força que corrói o caminho: ele é corrosivo e destrutivo. Se o permitimos, o medo assume o controle e determina cada aspecto de nossas vidas. Naturalmente, o medo serve a um propósito, ele adverte e alerta, mas se deixamos que ele cresça, ele pode consumir e assumir. Este caminho não é fácil, mas intuitivamente sabemos que superar o medo e a dúvida é a única via para o Ser. Se o medo já viu o estrondo das ondas, podemos surfar nas ondas. Se colidirmos com as rochas, então nos levantamos e continuamos...
Naturalmente, a vida vista como uma jornada tão árdua pode adicionar o medo, e isto faz parte da mudança agora. Estamos alcançando uma fase onde não mais vemos o caminho como alguma força externa e desafiadora: deixamos ir o caminho e nos tornamos Unos com ele. Se não gostamos de um caminho com mar tempestuoso, então encontremos um calçadão ou uma praia: questões de percepção...
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Traduzido por: Regina Drumond
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