Quando nos tornamos verdadeiros buscadores da Verdade Divina, somos conduzidos aos mais altos níveis de transformação interior.
Códigos sagrados
por Teresa Cristina Pascotto
Quando nos tornamos verdadeiros buscadores da Verdade Divina, somos conduzidos aos mais altos níveis de transformação interior. Passamos a fazer um trabalho interno na qualidade e poder das mesmas oportunidades de iniciações que eram oferecidas aos que buscavam alcançar os mais altos níveis do sacerdócio sagrado.
Assim como um antigo sacerdote passava por iniciações, testes e provas na intenção de se tornar um ser livre para se entregar ao Eu Supremo e Divino que carregava em si, hoje, de uma forma diferente em sem que precisemos pensar em nos tornarmos sacerdotes, da mesma maneira, com adaptações aos tempos atuais, somos guiados a desenvolvermos o sacerdote oculto dentro de nós.
O sacerdote em nós está esperando, pacientemente, o momento em que finalmente reconheceremos que tudo o que ocorre em nossa vida, seja algo "bom ou ruim", está na verdade nos conduzindo ao que podemos chamar de "iniciações". A cada fase de iniciação, passamos por situações e provas que nos conduzem ao próximo passo dentro da determinada fase de iniciação. Qualquer coisa que nos ocorra, por mais difícil que seja, sempre é uma grande oportunidade que a vida está nos oferecendo no sentido de criarmos e encontrarmos novas soluções e novas possibilidades, para que possamos superar a tal fase, ativando, a cada fase alcançada, códigos sagrados que estão impressos e ocultos em nosso ser.
Vamos imaginar: Em tempos antigos uma pessoa em busca do sacerdócio poderia ter que passar por uma prova adentrando uma floresta escura e cheia de perigos. Nessa floresta tudo o que a pessoa deveria fazer era zelar pela sua sobrevivência, em primeiro lugar, mas muito mais do que isso, ao se tornar mais segura por ter encontrado recursos para lidar com os perigos, a pessoa se tornaria capaz de atravessar a floresta na busca de possibilidades para se tornar cada vez mais fortalecida, segura e auto-suficiente, acessando a coragem em si, para enfrentar os perigos de forma cada vez mais "poderosa", sem sucumbir ao perigo e sem se esconder do mesmo. A intenção era que a pessoa encontrasse recursos não somente externos para se libertar, mas também que ativasse os recursos internos de autocontrole saudável, sabedoria e capacidade de discernimento mesmo dentro de situações mais perigosas e terríveis. A calma, tranquilidade e foco com que lidava com os perigos eram as ferramentas mais poderosas que conseguia desenvolver para atravessar a floresta.
Nessa trajetória ao interior da floresta escura, mergulhando em sua profundidade, mais perigos a pessoa ia encontrando, era como se no início os perigos fossem coisas bem simples e, à medida que a pessoa fosse se fortalecendo e se encorajando, os perigos a enfrentar se tornavam mais intensos e difíceis. Aquilo que antes parecia impossível de se lidar se tornava cada vez mais fácil. O medo sempre acompanhava o aspirante ao sacerdócio e o único recurso que ele encontrava para lidar com o medo era a aceitação. Quanto mais ele aceitava que o medo se intensificava dentro dele a cada novo movimento e avanço dentro da floresta, mais o medo se tornava sua força propulsora, junto com o medo ele acessava sua coragem e enfrentava os novos desafios que as profundezas da floresta apresentava. A pessoa não podia, de forma nenhuma, se encolher e ficar paralisada, pois ela sucumbiria aos perigos, a única alternativa que tinha era avançar... Ela podia ultrapassar certa fase no desafio da floresta e descansar para recuperar suas forças, mas logo tinha que se erguer e prosseguir, apagando qualquer vestígio e rastro de sua presença nas condições e situações anteriores para que não fosse seguida pelo "monstro da floresta". Apegos às velhas condições, padrões de conquistas e crenças antigas eram extremamente proibidas, pois qualquer vínculo e apego ao velho serviria de pista para o "monstro" encontrá-la e novamente a colocar em perigo, o que poderia levar a pessoa ao "pânico". A palavra de ordem era: DESAPEGO! Quanto mais a pessoa se tornava fortalecida, mais o "monstro" tinha que encontrar novos meios de apavorar a pessoa, pois os antigos meios já não funcionavam mais. Esse "monstro" se alimentava e se fortalecia com os impulsos negativos, destrutivos e sabotadores do ego da pessoa. Assim, a pessoa também tinha, a cada novo movimento, que estar atenta ao seu ego sabotador que estava sempre à espreita esperando que a pessoa vacilasse na vigilância, para dar mais poder ao "monstro". O pior "monstro" que a pessoa precisava vencer, na verdade era o monstro chamado ego. Essa era a grande prova! Os perigos externos nada mais eram do que criações negativas do ego, a partir do sistema de crenças da pessoa, projetadas para fora, para fazer com que a pessoa desistisse da trajetória no interior da floresta.
Para a pessoa que estava firme em seu propósito e havia se preparado para essa grande prova para passar por mais uma fase de sua iniciação ao sacerdócio, quanto mais se aprofundava, mais o caminho se tornava estreito, assustador e sombrio, mas isso ia fortalecendo-a porque, a essa altura, ela já havia tomado consciência de que quanto maiores e mais difíceis eram os desafios, mais poder ela desenvolvia dentro de si. Quando a pessoa finalmente tivesse conseguido atravessar toda a floresta, ela se aproximava de um lugar sagrado, onde era recebida por Magos de Luz, por Seres Divinos de Altas Esferas De Luz, os grandes Sacerdotes Sagrados. Nesse lugar sagrado, ela recebia tratamento para se desvencilhar e se desapegar de todos os resquícios de energias mal qualificadas, para se libertar ainda mais de suas próprias amarras internas. Lembrando que em cada fase de sua trajetória para o sacerdócio supremo, a pessoa tratava de outros conteúdos negativos dentro de si, atravessando novas fases e desafios. Mas em cada movimento libertador, condizente com cada fase de seu desenvolvimento, ao final de cada etapa, inevitavelmente a pessoa encontrava esse Lugar Sagrado com Sacerdotes Sagrados esperando-a para consagrá-la dentro da fase alcançada, libertando-a dos apegos passados. Nesse lugar sagrado, o aspirante ao sacerdócio era colocado em um local de poder, onde se acomodava tranquilamente e era ativado um novo código sagrado nas profundezas divinas de seu ser.
A cada código sagrado ativado, era aberto um portal interno, através do qual a pessoa conseguia acessar dimensões cada vez mais elevadas e conseguia acessar mais de seus Poderes de Luz, carregados de conhecimento, sabedoria, dons e potenciais criativos para o desenvolvimento de sua missão de vida, fazendo com que fosse assumindo seu poder divino como sacerdote. E assim, de fase em fase, a pessoa ia se tornando um verdadeiro Sacerdote Sagrado, em comunhão com a Consciência Divina, tornando-se a pura expressão dessa Consciência.
O "chamado ao Sacerdócio Sagrado" acontece para todos... Basta que atravessemos as florestas escuras de nosso inconsciente e ativemos nossos códigos sagrados que estão ocultos para além de seus ilusórios perigos.
Teresa Cristina Pascotto - Atua através da manifestação de seus dons naturais, e' sensitiva.
www.somostodosum.com.br
Comentários