E AGORA 2012?
Ivete Adavaí
agosto 5, 2012
Afinal chegou o tão propalado ano de 2012. Por mais informações que tenham sido oferecidas, ninguém em sã consciência poderia dizer o que esperar de tão extraordinário momento. Uma coisa, porém, é certa, tudo está mudando para quem tem olhos para ver e ouvidos para ouvir. Se alguém quiser achar que o que acontece é sempre o pior, também está certo, porque a nossa atenção se volta para aquilo que a nossa consciência permite e que se torna verdade para cada um, e é assim mesmo que tem que acontecer.
Enquanto isso, enquanto aguardamos que as promessas sejam cumpridas, e que a Terra encontre o seu lugar no cenário omniversal, aqui ficamos nos empenhando na luta entre o ego e o verdadeiro eu, em uma realidade de terceira/quarta dimensão inferior, passando por todas as experiências que possam nos capacitar a crescer espiritualmente e nos candidatarmos a ascender junto com a Terra, visto que a promessa é de ascensão em massa.
Nem tudo são flores nesta realidade e nem poderia ser diferente. Apesar de toda informação, das ferramentas, dos exercícios, da disciplina, da intenção, ainda temos que lidar com as vicissitudes da vida comum, porque as nossas responsabilidades continuam e precisamos assumi-las, visto que fazem parte de algum contrato que certa vez fizemos, aqui ou lá.
Às vezes parece que se está cercado por paredes, que impedem um movimento mais gracioso ou voluntário. É como se o livre arbítrio tivesse cedido seu espaço ao propósito maior e aí somos levados a nos render, aceitar, e ainda assim continuar confiando no cumprimento das promessas, na lida cotidiana, porque é por isso que estamos aqui. Não é fácil, quando queremos dar certos passos e nos sentimos tolhidos, não tendo como ultrapassar as barreiras invisíveis, contudo intransponíveis, pelo menos para aquele momento.
Como proceder nessas situações? Talvez o mais sábio seja aceitar o velho conselho da interiorização, buscando dentro de nós a verdade, que deverá estar no lugar mais profundo do nosso ser. Ficar com as sensações, os sentimentos, buscar seguir a intuição e deixar que o nosso coração fale, enquanto pedimos que a nossa mente se comporte e lhe dê lugar, porque já é hora de descansar um pouco.
O ego querendo certezas, prazos, detalhes; a alma em paz, serena, nos guiando com a sua voz tranquila e quase inaudível, nos conduzindo a cada dia para mais perto de nós mesmos e nos afastando da agitação exterior, que tenta nos tirar desse espaço secreto e confortável, que nos acomoda de maneira suave e despretensiosa. Confiar, sempre foi a palavra chave quando a situação é grave, o momento incerto e as ideias proliferam como fogos de artifício que pipocam para todo lado. Não podemos permitir vacilação. Afinal, se chegamos até aqui é porque podemos ir muito mais longe. A assistência com que contamos é sempre apropriada, é uma questão de observar.
Fiquemos rendidos ao propósito maior, concentrados em nosso coração, vivendo nosso momento sem distração, certos de que seremos sempre guiados, protegidos, amados e não ficaremos para trás, jamais. Isso é um alento e deveria bastar-nos, mas temos que lidar com muitas variáveis simultaneamente e não raro, humanos que também somos, podemos nos perturbar um pouco, mas isso também é momentâneo, porque vencerá aquele que confiar e fizer o que deve ser feito, conforme os acordos da alma. Alegra-me saber que não estamos sós, apesar das aparências, e que a ajuda sempre chega na hora certa, naquele instante em que tudo de repente começa a fazer sentido e compreendemos porque não aconteceu do modo que pensávamos. Uma forma muito mais elevada estava sendo gestada nos planos interiores e que certamente é melhor e para o benefício de todos, como sempre.
Ivete Adavaí
http://adavai.wordpress.com/2012/08/05/e-agora-2012/
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