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Os Amigos de Caminhada!

ANCORANDO A CRUZ CARDINAL


ANCORANDO A CRUZ CARDINAL
20 de Abril 2014: Sol entra em Touro
Sarah Varcas


O Sol entrou em Touro há poucas horas atrás e eu, pessoalmente, estou grata por ter agora um pouco de energia terra para me manter ancorada!

Estávamos com energia terra muito baixa, desde que Vênus saiu de Capricórnio no começo de março, portanto está na hora de fincarmos mais os pés no chão, mesmo porque a Cruz Cardinal está trabalhando arduamente, neste momento, para nos convencer de que a Terra é praticamente o último lugar onde desejamos estar!

A propósito, não quero dizer que não deveríamos estar aqui, nem que estamos aguardando que alguém nos leve misteriosamente para algum lugar melhor (não estamos!). Considerem isto como um teste relativo ao nosso compromisso de estar aqui e fazer o que for preciso para que nós e este planeta maravilhoso consigamos superar estes momentos intensos e desafiadores.

Em essência, estamos sendo colocados em situações (para cada um de nós os detalhes serão diferentes), nas quais teremos que resolver como viver aqui de uma forma diferente, porque o jeito que temos vivido até agora já não está mais funcionando tão bem.

Muitas destas situações aparentemente surgirão do nada – coisas do tipo que facilmente classificaríamos como “azar” ou “carta marcada” no jogo da vida, como por exemplo: nosso parceiro nos deixa de repente; nosso patrão vai à falência; nossa saúde falha; acontece algum incidente sério com alguém que amamos.

Poderemos ficar bem tentados a nos sentir vitimados pela vida, tratados injustamente pelos deuses da sorte. Mas, na verdade, o caráter de urgência da Cruz Cardinal nos diz que não há tempo para autopiedade nem para a retórica do “coitadinho de mim”.

Simplesmente não podemos mais nos dar ao luxo de tais indulgências, porque, neste momento, a forma em que nos comportamos e as mudanças que estamos fazendo estão sendo lançadas na pedra fundamental do futuro.

Assim, aquilo que somos e o modo que vivemos atualmente estão sendo efetivamente armazenados como o protótipo do ser que nos tornaremos no devido tempo. Durante toda esta semana, temos uma janela de oportunidade que nos permitirá efetuar mudanças significativas em nós mesmos num curto espaço de tempo, simplesmente mudando nosso modo de agir e reagir no presente.

A questão é: vamos abrir essa janela ou vamos deixá-la trancada, recusando-nos a acolher a possibilidade dessa mudança radical?

Digo “simplesmente”, mas é claro que as coisas que realmente precisamos mudar geralmente são aquelas mais rígidas e intratáveis em nós; aqueles hábitos de pensamento, sentimento e comportamento que parecem ter se transformado na nossa própria essência, mesmo que nos causem problemas constantes!

E por mais problemáticos que sejam, nós geralmente nos identificamos com eles de alguma forma, o que faz com que seja mais difícil ainda nos desapegarmos deles e escolhermos um caminho diferente: “Sou mesmo uma pessoa ansiosa; não posso fazer nada.” ou “Sempre fui depressivo; é porque sou muito sensível.” 

Quando vivenciamos algo muitas e muitas vezes seguidas, o ego acaba se apegando a isso e transformando-o em “eu e meu”, tornando-o parte da nossa identidade ou, na pior das hipóteses, nossa própria identidade. E desapegar-se de uma parte de nós mesmos é muito difícil, pois desafia nosso senso de ser, de certeza e de familiaridade, puxando o tapete sob nossos pés, justamente quando nos parece que mais precisamos dele.

Entretanto, esse tapete teria que ir embora em algum momento, se não fosse puxado agora.
E, se não agora, quando?

Como Richard Moss falou muito sabiamente uma vez, se você soubesse que ia morrer no próximo minuto, estaria disposto a abandonar aquela questão com a qual esteve lutando sua vida toda Muitas pessoas responderiam sim, reconhecendo que seria loucura prender-se a isso, mesmo diante da morte.

Então, se um minuto antes de morrer nós estamos preparados para nos desapegarmos de algo, que tal dois minutos antes? Ou três? Que tal um dia antes, ou uma semana, um mês ou um ano antes? E já que poucos ou talvez nenhum de nós saiba a hora da nossa partida, que tal nos desapegarmos agora mesmo? Por via das dúvidas…

É por isto que estou feliz de saudar o Sol em Touro, pois ele nos dá a tenacidade para fazer o que for preciso, para fincar os pés, recusando-nos a mergulhar outra vez nos velhos hábitos, quando novas possibilidades se encontram tão ao alcance de nossas mãos.

Esta semana está cheia de poder – poder cósmico, criativo, primário. Ele chega, não como um presente sem compromisso, mas como uma oportunidade disponível para aqueles que estão preparados para trabalhar duro e fazer mudanças profundas.

Para aqueles que estão prontos e dispostos a fazer as coisas de forma diferente, a deixar ir e desafiar as partes mais intransigentes de sua natureza, esta semana vem com esperança profunda e muitas possibilidades. Mas, se resistirmos a este chamado, é possível que afundemos mais ainda no nosso próprio tipo particular de sofrimento.

A escolha é nossa, mesmo que assim não nos pareça, porque acreditar que não temos escolha em relação a quem nós somos é a maior mentira de todas!

Ninguém pode ser absolutamente toda e qualquer coisa, mas toda vida tem mais de uma versão disponível. Esta semana é um período de upgrade (atualização) para uma versão que funcione melhor para todos os envolvidos, tanto pessoalmente quanto coletivamente… se optarmos por realizá-lo.

Sarah Varcas

www.astro-awakenings.co.uk. 
Tradução de Vera Corrêa 

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