Video: A Era da Estupidez (The Age of Stupid) - Para qualquer pessoa que se preocupe com o estado de nosso planeta, este é um filme obrigatório.
https://youtu.be/IRwa7JLsJn8
Um homem que vive sozinho no mundo devastado de 2055, vendo imagens de arquivo a partir de 2008 e perguntando: Por que não nos salvamos quando tivemos chance?
Filme: The Age of Stupid - A Era da Estupidez
Legendado
Direção:Franny Armstrong
Elenco: Pete Postlethwaite
Gênero: Documentário
Duração: 90 min
Sinopse: O filme é um híbrido de drama-documentário-animação estrelando Pete Postlethwaite como um homem que vive sozinho no mundo devastado de 2055, vendo imagens de arquivo a partir de 2008 e perguntando: Por que não nos salvamos quando tivemos chance?
Para qualquer pessoa que se preocupe com o estado de nosso planeta, este é um filme obrigatório. A diretora é a ex-baterista de rock e cineasta autoditada Franny Armstrong. Misto de documentário, ficção e animação, ele conta uma história estarrecedora: a da destruição da Terra, causada pela insensatez da humanidade.
O trabalho deste filme é mais extremado do que Uma Verdade Inconveniente, mais independente (em grande parte financiado por dinheiro de indivíduos ou de grupos), e inovador também em sua distribuição (transmitido por link de satélite para 700 cinemas simultaneamente, em mais de 50 países).
A estréia aconteceu em Nova York e as celebridades chegaram de bicicletas e carros elétricos, desfilando depois em um tapete verde, feito de garrafas de plástico recicladas. Cientistas trabalhando nas florestas tropicais da Indonésia e nas geleiras do Himalaia também faziam parte da platéia, dramatizando ainda mais o conteúdo do filme e sua seriedade - com um roteiro construído sobre cenários e modelos criados com rigor por acadêmicos.
Com tudo isto, por sua mensagem e pela maestria de sua realização, tornou-se um cult instantâneo.
Filmado nos Estados Unidos, Inglaterra, Índia, Nigéria, Iraque, Jordão e nos Alpes franceses.
Estamos no ano 2055. Catástrofes naturais causadas pela mudança climática, seguidas de guerras, levaram ao colapso da civilização e à quase extinção da humanidade.
Numa torre solitária, num Ártico livre de gelo, um sobrevivente reprisa vídeos do começo do século, quando as catástrofes começaram a acontecer.
É esse o argumento de “A Era da Estupidez”, filme que pretende mobilizar a opinião pública para a crise do climática.
O Arquivista (Pete Postlethwaite, de Alien e O Jardineiro Fiel) cuida do acervo de todo o conhecimento e toda arte produzida pela humanidade, e a salvo da desolação do mundo - Londres inundada, o Taj Mahal em ruínas, Sidney em chamas, Las Vegas enterrada pela areia.
Ele examina na tela de um computador centenas de imagens do passado e se pergunta: Por que não fizemos nada para impedir a mudança do clima, enquanto podíamos? Por que deixamos que o aquecimento passasse dos dois graus até 2015, provocando toda uma série de desastres?
Meio ficção, meio documentário, o filme explora as consequências do chamado cenário “mesmo de sempre”, no qual as emissões de dióxido de carbono por atividades humanas continuam subindo sem parar.
Mais do que isso, no entanto, a produção da diretora britânica Franny Armstrong mostra por que esse é o futuro provável da espécie, ao contar histórias reais de pessoas comuns - cujas ações cotidianas contribuem para o problema.
Várias histórias correm paralelas, todas no tempo de hoje.
Um homem que ajudou a resgatar New Orleans, depois do furacão Katrina, reflete sobre a indústria de combustíveis fósseis e o desperdício.
Um empresário indiano se prepara para o lançamento de uma empresa aérea voltada para o público de baixa renda.
Duas crianças iraquianas contam sua fuga da guerra e sua mudança para a Jordânia.
Ingleses visitam as geleiras do Mont Blanc, na França, e são ensinados por um guia de 82 anos sobre seu derretimento.
O pai desta família fala da frustração por ter tentado instalar uma pequena fazenda eólica em sua cidade do interior (coisa que o próprio Postlethwaite, morto em janeiro de 2011, tentou fazer, e uma das razões de ter sido escolhido para seu papel). O engenheiro britânico Piers Guy, montou uma turbina eólica no quintal de casa para cortar as próprias emissões, mas não conseguiu montar uma pequena usina eólica em sua região por oposição dos vizinhos, ciosos de sua “paisagem”.
Finalmente, uma nigeriana luta contra a miséria num país rico em petróleo e mergulhada na pobreza (sua região é a mais lucrativa para a Shell na nação, mas ela tem de lavar os poucos e pequenos peixes que consegue pescar com Omo e, como isto não lhe permite o sustento, parte para o mercado negro da venda de diesel).
Todas estas histórias transmitem, a seu modo, o mesmo recado: por imprudência, incompetência, falta de iniciativa e estupidez, podemos acabar sendo a única espécie do planeta a cometer um suicídio coletivo, apesar de todas as informações que temos à mão para impedir que isto aconteça.
O imenso museu do Arquivista, ao final do filme, é lançado para o espaço, a salvo de nosso Juízo Final.
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