... Esse é o caminho mais difícil, a viagem mais dolorosa.
Há alguns anos atrás tratei uma jovem judia que estava extremamente desanimada. Sentia-se deslocada, como se de alguma forma estivesse na família errada.
"O centro das palmas das minhas mãos começou a doer de forma aguda enquanto falava com ela, e eu não percebia porquê. Olhei para os braços da minha cadeira de couro. Não havia falhas no couro, nenhuma ponta afiada, nenhuma razão para este tipo de dor. No entanto, esta ia-se tornando pior e começava a picar e a arder. Olhei para as minhas mãos e não vi marcas ou impressões, nenhum corte, nenhuma razão para tal.
Então um pensamento atravessou subitamente o meu espírito. Isto é como ser crucificado.
Decidi perguntar-lhe o que queria aquilo dizer. "O que é que a crucificação significa para si? Você tem alguma ligação com Jesus?" Ela limitou-se a olhar-me, o seu rosto empalideceu. Costumava ir em segredo à Igreja, desde os oito anos. Nunca tinha contado aos pais sobre a impressão que tinha de ser católica na realidade.
Esta sensação nas minhas mãos e a conexão que tínhamos estabelecido permitiram-me ajudar a minha paciente a desfazer a intrincada confusão da sua vida e a fazê-la entender que não era louca nem bizarra, e que os seus sentimentos tinham uma base real. Ela começou, finalmente, a compreender e a sarar. Afinal, acabamos por descobrir uma intensa vida passada, que tinha decorrido na Palestina, há dois mil anos atrás".
Todos somos paranormais e todos somos gurus. Apenas nos esquecemos disso.
Um paciente pediu-me informações sobre Sai Baba, um grande Homem Santo na Índia. Seria ele um avatar, uma encarnação divina, uma descida da divindade à Terra sob a forma de homem?
"Não sei" repliquei, "mas, de certa forma, não o somos todos?" Todos somos deuses. Deus está dentro de nós. Não devíamos ser distraídos por habilidades psíquica, pois estas são apenas sinais ao longo do caminho. Precisamos de expressar a nossa divindade e o nosso amor através de boas acções, de ajuda aos outros.
Talvez ninguém devesse ser o guru de outro por mais de um mês ou dois. Não são necessárias viagens frequentes à Índia, uma vez que a verdadeira viagem é interior.
Existem benefícios evidentes em viver as nossas próprias experiências transcendentes, em abrirmo-nos para a percepção do divino, para a compreensão de que a vida é muito mais do que aquilo que vemos.
Demasiadas vezes não acreditamos se não virmos.
O nosso caminho é interior. Esse é o caminho mais difícil, a viagem mais dolorosa. Temos a responsabilidade da nossa própria aprendizagem. Essa responsabilidade não pode ser exteriorizada e descarregada noutra pessoa, num guru qualquer.
O reino de Deus está dentro de nós
Do livro: So' o Amor e' Real - Brian Weiss
"O centro das palmas das minhas mãos começou a doer de forma aguda enquanto falava com ela, e eu não percebia porquê. Olhei para os braços da minha cadeira de couro. Não havia falhas no couro, nenhuma ponta afiada, nenhuma razão para este tipo de dor. No entanto, esta ia-se tornando pior e começava a picar e a arder. Olhei para as minhas mãos e não vi marcas ou impressões, nenhum corte, nenhuma razão para tal.
Então um pensamento atravessou subitamente o meu espírito. Isto é como ser crucificado.
Decidi perguntar-lhe o que queria aquilo dizer. "O que é que a crucificação significa para si? Você tem alguma ligação com Jesus?" Ela limitou-se a olhar-me, o seu rosto empalideceu. Costumava ir em segredo à Igreja, desde os oito anos. Nunca tinha contado aos pais sobre a impressão que tinha de ser católica na realidade.
Esta sensação nas minhas mãos e a conexão que tínhamos estabelecido permitiram-me ajudar a minha paciente a desfazer a intrincada confusão da sua vida e a fazê-la entender que não era louca nem bizarra, e que os seus sentimentos tinham uma base real. Ela começou, finalmente, a compreender e a sarar. Afinal, acabamos por descobrir uma intensa vida passada, que tinha decorrido na Palestina, há dois mil anos atrás".
Todos somos paranormais e todos somos gurus. Apenas nos esquecemos disso.
Um paciente pediu-me informações sobre Sai Baba, um grande Homem Santo na Índia. Seria ele um avatar, uma encarnação divina, uma descida da divindade à Terra sob a forma de homem?
"Não sei" repliquei, "mas, de certa forma, não o somos todos?" Todos somos deuses. Deus está dentro de nós. Não devíamos ser distraídos por habilidades psíquica, pois estas são apenas sinais ao longo do caminho. Precisamos de expressar a nossa divindade e o nosso amor através de boas acções, de ajuda aos outros.
Talvez ninguém devesse ser o guru de outro por mais de um mês ou dois. Não são necessárias viagens frequentes à Índia, uma vez que a verdadeira viagem é interior.
Existem benefícios evidentes em viver as nossas próprias experiências transcendentes, em abrirmo-nos para a percepção do divino, para a compreensão de que a vida é muito mais do que aquilo que vemos.
Demasiadas vezes não acreditamos se não virmos.
O nosso caminho é interior. Esse é o caminho mais difícil, a viagem mais dolorosa. Temos a responsabilidade da nossa própria aprendizagem. Essa responsabilidade não pode ser exteriorizada e descarregada noutra pessoa, num guru qualquer.
O reino de Deus está dentro de nós
Do livro: So' o Amor e' Real - Brian Weiss
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