...A maior de todas é a do amor com que renovamos e engrandecemos a vida.
“O sol que nos garante a existência, no distrito do universo em que estagiamos é, aproximadamente, um milhão e trezentas mil vezes maior que a nossa Terra. Entretanto, com toda essa grandeza, não é capaz de cumprir a missão da vela na vastidão noturna, quando nos dispomos a socorrer um enfermo desamparado.
O antigo palácio do Louvre, em Paris, é um dos mais amplos do mundo, porquanto a sua área cobre o espaço aproximado de duzentos mil metros quadrados mas, apesar disso, não se desloca para desempenhar o papel do telheiro humilde em que abrigamos os que jazem sem teto.
A catarata de Paulo Afonso, no Brasil, é uma das mais possantes do Planeta, com cerca de oitenta metros de altura e capacidade aproximada de dois milhões de cavalos-vapor. Todavia, embora o imenso potencial de força que a caracteriza, não nos substitui a energia quando sustentamos uma criança doente, na concha dos braços, acalentando-lhe os dias.
A maior bacia hidrográfica do orbe terrestre é a Bacia Amazônica, com cerca de sete milhões de quilômetros quadrados, apresentando o Amazonas como sendo o seu rio soberano. Contudo, apesar de sua glória fluvial, não é capaz de estender o copo de água que sentimos a alegria de ofertar ao sedento que nos bate à porta.
Segundo é fácil de observar, há grandezas e grandezas. No entanto, a maior de todas é a do amor com que renovamos e engrandecemos a vida. Com esse recurso sublime, colocamo-nos sobre a majestade das próprias estrelas, de vez que, em nome de Deus, conseguimos aproximar-nos dos irmãos do caminho, com o poder de servir e compreender, de abençoar e auxiliar.”
Emmanuel
(Do livro “Mentores e Seareiros” – Chico Xavier)
No mundo inteiro, observamos as belezas que se expõem diante de nossos olhos, sejam através da natureza ou de maravilhas criadas pela mão do homem, para que tivéssemos melhores condições de vida.
Os exemplos citados no texto são apenas alguns dos infindáveis recursos que povoam o mundo todo, projetados e realizados pela inteligência humana, que a cada dia galga patamares mais altos no que tange às
conquistas tecnológicas que nos favorecem a vivência.
No entanto, tudo o que temos para embelezar e melhorar nossas vidas, não nos basta se não existir um sentimento básico e puro chamado amor.
Este, a maior grandeza de todas que existem, nos move e nos alimenta de uma forma sutil e maravilhosa. Faz com que alberguemos em nosso coração,
desde o nascimento até o desencarne, a chave-mestra do saber viver.
É com ele que aprendemos que temos irmãos no mundo inteiro. Que, apesar de estarmos a milhares e milhares de quilômetros de outras pessoas podemos, através de nossa memória, tê-las bem perto de nós, senti-las até, sem nem mesmo conhecê-las pessoalmente. Isto deve ao milagre do amor.
Podemos, com o poder de nossos pensamentos, viajar pelo espaço e lembrar de alguém que está do outro lado do planeta. E, em nossa lembrança, enviar carinho, afeto, auxílio moral e compreensão.
Vejam, amigos queridos, o valor e a riqueza deste sentimento tão profundo e intenso que, quando aflora em nosso peito, põe por terra todas as discórdias, todos os medos, todas as angústias e todos os sofrimentos que, muitas vezes, ficam encarcerados dentro de nós, trazendo tantos males para nossa mente e corpo. E ainda mais, é através do amor que renovamos e engrandecemos a vida.
Foi pelo amor que fomos criados por Deus. Foi, através deste amor doado a nós pelo Pai, que Ele espera que nos tornemos melhores para atender Seu
pedido: servir, compreender, abençoar e auxiliar.
O mundo precisa urgentemente que exercitemos o amor. Sem ele, estaremos completamente à deriva, como um barco solto em meio ao oceano. Sem ele,
não poderíamos viver em sociedade, entender a nós mesmos e àqueles que conosco vestem esta farda de carne e transitam na jornada da vida.
Que amemo-nos uns aos outros e que saibamos distribuir aos nossos companheiros de caminhada, a força e a sabedoria do amor.
Que assim seja!
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