Ao nos aproximarmos do eclipse lunar em Libra do dia 15 de abril...
De 11 a 13 de Abril: Reconciliação Interior
Sarah Varcas
Ao nos aproximarmos do eclipse lunar em Libra do dia 15 de abril, este fim de semana levanta a questão de como reconciliar nossos corações com nossas mentes quando se trata de nossa conexão com outras pessoas.
Uma conjunção entre Vênus e Netuno em Peixes nos lembra do quanto é importante a prática da compaixão neste momento da nossa evolução global.
Talvez pensemos que a compaixão seja uma experiência ou um sentimento e não uma prática – ou a sentimos ou não a sentimos. Até certo ponto, isto pode ser verdadeiro.
Mas uma oposição da Lua em Virgem no dia 11 de abril nos faz lembrar que a compaixão é um ato de serviço não uma experiência interna e, assim sendo, podemos desenvolvê-la, aprimorá-la e permitir que ela cresça dentro de nós, até mesmo nas circunstâncias mais improváveis.
A maioria das pessoas será levada a sentir compaixão por alguma razão; seja o sofrimento de algum ente querido ou as lutas daqueles que estão distantes. Talvez nossa natureza compassiva seja acionada pelo sofrimento dos animais ou da própria Mãe Terra.
O que quer que leve nosso coração mais prontamente à compaixão se transformará no portal para o crescimento de uma natureza mais profundamente compassiva, compartilhada não apenas com essas coisas que nos movem prontamente, mas também com aquelas questões e pessoas das quais normalmente nos afastamos devido ao nosso julgamento.
Neste momento de significativa tensão astrológica, com a Grande Cruz se construindo enquanto falamos, todos nós corremos o risco de perder contato com a compaixão em favor da impaciência, autoindulgência ou simplesmente a velha frustração com a vida que não nos oferece tudo o que gostaríamos!
Com o Sol, Mercúrio e Urano atualmente em Áries, pode ser fácil enxergarmos as coisas estritamente da nossa própria perspectiva, com pouco espaço para a objetividade. Nosso ponto de vista particular nos dirá que estamos certos, que nossos julgamentos são sólidos e nossa avaliação do “merecimento” dos outros é precisa.
Isto é o que a nossa mente normalmente nos diz quando está procurando atingir seus próprios objetivos. Ela não precisa da distração dos sentimentos e pontos de vista alheios para confundir a questão! Mas Marte em Libra nos diz que não podemos evitá-los agora.
Temos que expandir nossa mente e coração para incluir os outros, não importando o quanto isto possa nos irritar às vezes! E estando as coisas tão intensas como estão neste momento, é bem provável que tenhamos que acolher justamente o indivíduo mais enervante na nossa “zona de compaixão”, e começar a explorar a perspectiva mais irritante.
Em momentos como este, os céus nos lembram que é útil observar as coisas de uma perspectiva mais ampla. Sim, somos todos indivíduos e é assim que nos relacionamos uns com os outros, mas cada um de nós é o reflexo de algo muito maior: um cérebro global, um coração universal, uma consciência coletiva que desafiam toda e qualquer fronteira que tentemos lhes impor.
Como parte desta unidade incrível, não podemos negar que cada um de nós é dependente do outro, e que julgar e/ou rejeitar, sem hesitação, outro ser vivo é, em última análise, rejeitar uma parte do nosso próprio sistema de sustentação da vida.
Independentemente de quem eles sejam, o que nós compartilhamos com eles é muito maior do que qualquer coisa que nos divida, pois respiramos o mesmo ar, compartilhamos o mesmo planeta e sofremos as consequências das ações uns dos outros, quer o reconheçamos ou não.
Atualmente está ocorrendo uma grande polarização, tanto externa quanto internamente. Podemos vivenciar isto num nível pessoal como extremos de emoção… um dia em total paz, o dia seguinte em desespero, um dia amorosos, no outro dia enraivecidos…
E também vemos isto nas questões mundiais, onde as diferenças sociais são cada vez mais gritantes e aqueles que detêm o poder estão ficando cada vez mais desesperados para garantir sua posição. Em momentos como este, é fácil perder a esperança ou o equilíbrio e agir a partir do pânico ou do medo (geralmente disfarçados de raiva “justificada”!).
Mas, o que realmente é necessário agora é uma grande onda de ações compassivas em nossa vida; ações que digam: “Não posso permitir a injustiça, mas reconheço que eu também contribuí para perpetuá-la. Vou tratar dos meus próprios preconceitos, julgamentos e condenações, assim como lhe peço que faça o mesmo com os seus. Os meus podem não ser tão grandes e prolíficos quanto os seus, mas todos contribuem para o sofrimento do todo e, assim sendo, eu me responsabilizo pela minha parte nisso como sinal do meu desejo profundo de que você faça o mesmo.”
Será que todos os opressores, ditadores, abusadores e enganadores mudarão seus hábitos se cada um de nós fizer isto? Não. Não imediatamente. E, sim, haverá mais sofrimento à frente. Mas o reservatório universal de condenação, rejeição e ódio se esgotará aos pouquinhos, à medida que uma pessoa após a outra olhar para si mesma e reconhecer as mesmas sementes de medo, raiva, ódio e autoindulgência das quais as injustiças globais são geradas.
Há muito a ser mudado neste nosso mundo, se quisermos que a Era Aquariana se manifeste em sua totalidade. E, sim, este é um processo longo e árduo. Estamos apenas começando a viver com estas energias novas, apenas descobrindo como a unidade funciona realmente.
Mas ao nos aproximarmos do eclipse lunar em Libra, somos incentivados a nos comprometer como o desenvolvimento da compaixão como base do nosso próprio ser; não reservada apenas àqueles que a acionam com tanta facilidade em nós, mas voltada para todos os seres vivos, em reconhecimento de que compartilhamos tantas coisas – amor e medo, dor e prazer, esperança e desespero, o próprio ar que respiramos e a água que sustenta nossa vida.
Todos nós colocamos nossos pés sobre a Mãe Terra quando caminhamos, e quanto mais passos impregnados de compaixão desperta conseguirmos dar, mais esses passos compassivos reverberarão por todo o mundo.
Sarah Varcas
www.astro-awakenings.co.uk
ttp://astro-awakenings.co.uk/11th-13th-april-inner-reconciliation
Tradução de Vera Corrêa
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