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Os Amigos de Caminhada!

Transporte público na colônia espiritual Nosso Lar



Passeios de aeróbus

No livro “Nosso Lar”, de autoria de André Luiz e psicografado por Chico Xavier, temos uma curiosa descrição de um veículo de transporte público na colônia espiritual que dá título ao livro:

Mal me refazia da surpresa, quando surgiu grande carro [aeróbus], suspenso do solo a uma altura de cinco metros mais ou menos e repleto de passageiros. Ao descer até nós, à maneira de um elevador terrestre, examinei-o com atenção. Não era máquina conhecida na Terra. Constituída de material muito flexível, tinha enorme comprimento, parecendo ligada a fios invisíveis, em virtude do grande número de antenas na tolda.

Mais tarde, confirmei minhas suposições, visitando as grandes oficinas do Serviço de Trânsito e Transporte.
Lísias não me deu tempo a indagações. Aboletados convenientemente no recinto confortável, seguimos silenciosos. Experimentava a timidez natural do homem desambientado, entre desconhecidos. A velocidade era tanta que não permitia fixar os detalhes das construções escalonadas no extenso percurso. A distância não era pequena, porque só depois de quarenta minutos, incluindo ligeiras paradas de três em três quilôme tros, me convidou Lísias a descer, sorridente e calmo (Trecho do início do Capítulo 10: “No Bosque das Águas”, onde André Luiz tem o primeiro contato com o aeróbus).

Uma pergunta muito comum dos céticos (espíritas ou não) em relação a algumas descrições detalhadas de veículos e construções nas colônias espirituais é bastante válida, `a primeira vista: “Ora, se essas colônias dispõe de tamanho nível de tecnologia, porque os espíritos não nos entregam de mão beijada os planos e as plantas para que nossos engenheiros e arquitetos possam construir tais veículos e construções aqui na Terra?”.

Um espírita precavido irá citar outro trecho do próprio “Nosso Lar” para explicar porque um aeróbus não poderia viajar pela Terra:

Dirigi-me, incontinenti, a Narcisa, perguntando:
- Onde o aeróbus? Não seria possível utilizá-lo no Umbral?
Dizendo-me que não, indaguei das razões.
Sempre atenciosa, a enfermeira explicou:
- Questão de densidade da matéria. Pode você figurar um exemplo com a água e o ar. O avião que fende a atmosfera do planeta não pode fazer o mesmo na massa equórea. Poderíamos construir determinadas máquinas como o submarino; mas, por espírito de compaixão pelos que sofrem, os núcleos espirituais superiores preferem aplicar aparelhos de transição (Trecho do Capítulo 33: “Curiosas Observações”).

Mas será que isso resolve o problema? Não poderiam, por acaso, os espíritos ajudarem nossos engenheiros e homens de ciência a inovar nossa tecnologia atual? Mesmo que não fosse possível construir uma espécie de metrô que plana em alta velocidade muito acima do solo, certamente algum tipo de avanço descrito nos livros de André Luiz poderia ajudar, e muito, a Terra...

Arthur C. Clarke, célebre escritor de ficção científica, dizia que “qualquer tecnologia suficientemente avança da é indistinquível de magia”. Clarke foi, ele mesmo, um “antecipador” de algumas tecnologias que só viriam a ser viáveis muitos anos após a descrição – então fictícia – das mesmas em seus livros. Particularmente com o conceito dos satélites geoestacionários, Clarke não só antecipou o futuro, como contribuiu decisivamente para ele: nossas telecomunicações devem muito ao que antes era pura ficção.

Interessante que, num nível mais extraordinário (e incerto), é possível que algumas das tecnologias descritas em “Nosso Lar” – que diga-se de passagem, foi publicado em 1944 – possam ser igualmente antecipações de avanços futuros da tecnologia na Terra. Se a décadas atrás o aeróbus – uma espécie de metrô se movendo pelo ar, sem contato com o solo e a altas velocidades – parecia um veículo mágico, hoje talvez não chegue a tanto.

Um trem de levitação magnética ou maglev (Magnetic levitation transport) é um veículo semelhante a um metrô que transita numa linha elevada sobre o chão e é propulsionado pelas forças atrativas e repulsivas do magnetismo através do uso de supercondutores. Devido à falta de contato entre o veículo e a linha, a única fricção que existe, é entre o aparelho e o ar. Por conseqüência, os maglevs conseguem atingir velocidades enormes, com relativo baixo consumo de energia e pouco ruído. Embora a sua enorme velocidade os torne potenciais competidores das linhas aéreas, o seu elevado custo de produção limitou-o, até agora, à existên cia de uma única linha comercial, o transrapid de Xangai. Essa linha faz o percurso de 30 km até ao Aero porto Internacional de Pudong em apenas 8 minutos. No Brasil, existem projetos para se implementar o maglev, por exemplo, na Ilha do Fundão.

Ainda assim, talvez não se pareça tanto com um aeróbus... André Luiz disse que “ele parecia ligado a fios invisíveis”, e que se movimentava muito acima do solo. Será que tudo não passou de ficção da cabeça de Chico Xavier? Obviamente que para um cético em relação à existência de comunicação com espíritos desencarnados, tudo já seria ficção, a priori. Mas e quanto aos que crêem na possibilidade – será mesmo possível que a tecnologia humana seja apenas uma sombra da tecnologia espiritual, e que a inspiração para as grandes descobertas se deva ao fato de que quase tudo já foi descoberto no plano espiritual?

Quem se preocupa com isso certamente irá sorrir ao conhecer uma distinta empresa americana, chamada Aerobus Internacional, que constrói trens suspensos por fios condutores que parecem voar pelos céus. Dificilmente os engenheiros americanos leram “Nosso Lar”... Mas e daí? E se for mesmo verdade cada pequena descrição da colônia? E se a ela tem mesmo a forma de estrela e todos os Ministérios citados por André Luiz estão mesmo lá, até hoje – em que exatamente isso nos ajuda em nossa evolução espiritual?
Nosso Lar é apenas uma das muitas colônias espirituais a beira do Umbral, onde espíritos de elevada moral e caridade tentam a todo custo auxiliar aqueles que perambulam nas trevas de sua própria consciência... Que nos importa saber o perímetro da colônia? Ou em quanto tempo podemos atravessá-la em um aeró bus? Ou se ela tem restaurantes e casas noturnas? Certamente, se um dia estivermos por lá, essas serão nossas últimas preocupações.

Lendo alguns dos livros de André Luiz, percebi que eles nunca se trataram apenas de descrições – fictícias ou não – de colônias do plano espiritual da Terra. Ora, começando pelo “Nosso Lar” e passando por todos os outros, eles tratam principalmente da tão falada reforma íntima, da reforma de nós mesmos; Do caminho das trevas da consciência egoísta para as campos ensolarados da consciência amorosa, conectada ao Cos mos que pulsa e vibra com vida, em cada partícula e em cada plano de existência.

É possível que os espíritos nos inspirem descobertas e idéias para novas tecnologias. Mas é igualmente possível que estejam mais preocupados em nos inspirar o amor e o auto-conhecimento. Em todo caso, cada ser está onde seus pensamentos o sintonizam.

André Luiz (ou Chico Xavier, caso você seja cético) perderia fácil numa comparação com autores de ficção científica como Arthur C. Clarke... Mas André Luiz não pretendeu nos trazer aulas sobre a tecnologia ultra-avançada dos espíritos, e sim, ensinamentos sobre a moral avançada dos seres de luz. Se ele recorreu a his tórias que ocorriam ao mesmo tempo na Terra e no plano espiritual, e acaso tenha se preocupado em des crever como é a vida enxergada do lado de lá, foi porque reconheceu o tempo perdido em sua encarnação prévia – um grande neurologista e médico sanitarista do Rio de Janeiro, que tinha muito conhecimento, mas pouca sabedoria.

Em seus livros, não encontramos batalhas fascinantes entre “o bem e o mal”, mas sim relatos sinceros e perturbadores da ignorância e falta de caridade de grande parte dos seres; a começar pelo próprio André Luiz, que passou anos no Umbral, e mesmo depois de socorrido em Nosso Lar, custou a perder os vícios e a pompa de “grande médico”. Custou a vencer o próprio ego e reconhecer que a luz que vem de cima é sempre maior do que a nossa própria. Custou, mas venceu, e depois dedicou alguns de seus anos a ditar livros para um dos maiores médiuns de que se tem notícia.

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