Anistia pode ser a recompensa de Cunha após aprovação do impeachemnt / Mesa Diretora proíbe que Conselho de Ética amplie escopo da investigação contra Cunha
Reú na Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro, Cunha é alvo de processo de quebra de decoro no Conselho de Ética, o que poder levar à cassação do mandato. Ele é acusado de mentir à CPI da Petrobras ao negar ter contas no exterior. Instaurado em 3 de novembro, a admissibilidade do caso só foi aprovada em 1º de março, devido a manobras de aliados do peemedebista.
Defensor do impeachment e próximo a Cunha, o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) saiu em defesa do presidente da Câmara. “Eduardo Cunha exerceu um papel fundamental para aprovarmos o impeachment da presidente. Merece ser anistiado”, disse ao Congresso em Foco.
Além do clima de gratidão à atuação de Cunha na tramitação do processo contra Dilma, substituições no Conselho também aumentam o risco de anistia. Na semana passada, o deputado Fausto Pinato (PP-SP), primeiro relator do caso no colegiado e adversário de Cunha, renunciou ao posto.
No seu lugar, entrou a deputada Tia Eron (PRB-BA), integrante da bancada evangélica, assim como Cunha, e admiradora do peemedebista. “É um presidente que fez essa Casa produzir como nunca, que limpou as gavetas de projetos que estavam parados, tem minha admiração e meu respeito”, disse ao assumir o posto.
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BRASÍLIA - Em decisões lidas nesta terça-feira, 19, no plenário da Câmara, o 1º vice-presidente da Casa, deputado Waldir Maranhão (PP-AM), estabeleceu uma série de limitações que podem levar à anulação do atual processo por quebra de decoro parlamentar contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no Conselho de Ética.
Em uma das decisões, Waldir Maranhão - que declarou lealdade ao presidente da Câmara durante a votação do impeachment, no último domingo, 17, - determina que o Conselho de Ética deve limitar a investigação contra Eduardo Cunha ao escopo inicial da representação por quebra de decoro parlamentar contra o peemedebista.
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