“Alzheimer” é uma doença auxiliar do espírito
INÁCIO FERREIRA
O mal de “Alzheimer”, assim chamado por ter sido descrito, pela primeira vez, em 1906, pelo psiquiatra alemão Alois Alzheimer, é uma doença degenerativa com profundas causas espirituais. À semelhança de outras patologias psiquiátricas – diria, com maior propriedade, espirituais! – como, por exemplo, a esquizofrenia - o mal de “Alzheimer”, cujo gene desencadeante, mais cedo ou tarde, a Ciência terminará por descobrir - tem no espírito, a sua origem.
Ousaria dizer, nesta rápida análise, que a referida enfermidade - que, sem dúvida, vem, dia a dia, crescendo nas estatísticas médicas - longe de ser causa de prejuízo para o espírito reencarnado, surge justamente em seu auxílio, neste período decisivo para todos os que se encontram vinculados à Evolução do planeta.
Não mais se constitui em novidade para os estudiosos do Espiritismo que muitos, de alguns lustros para cá, estão tendo as suas últimas oportunidades sobre a Terra, aonde vem ocorrendo o mesmo fenômeno que provocou em Capela o êxodo de milhões e milhões de espíritos recalcitrantes.
Em maioria, as vítimas do “Alzheimer” são espíritos vitimados por processos de “auto-obsessão”, necessitados de ajuste com a consciência em níveis que nos escapam a qualquer tentativa de apreciação imediata.
Não fosse assim, não se justificaria que o espírito reencarnado, por vezes, permanecesse no corpo com as suas faculdades intelectuais suspensas, por tempo indeterminado – muitos enfrentam tal prova por mais de 10, 15 ou 20 anos! – quais mortos-vivos cuja existência carnal parece ter perdido o sentido. Não vamos aqui trazer à baila a questão das provas compartilhadas com os seus demais familiares consanguíneos, mesmo porque, infelizmente, tais familiares (existem exceções) costumam se livrar dos parentes atacados pelo “Alzheimer”, confiando-os aos cuidados de uma clínica ou, simplesmente, trancafiando-os num dos cômodos isolados da casa, insensibilizando-se. O objetivo, porém, destas nossas considerações, que muitos amigos vêm nos solicitando, é dizer que o doente, total ou parcialmente desmemoriado, está entregue a si mesmo para um ajuste de contas com o cristalizado personalismo de outras eras – às vezes, não tão distante assim – com o seu despotismo inconsciente, com o seu excessivo moralismo…\
Temos, neste Outro Lado da Vida, tido a oportunidade de acompanhar a muitos que se retiram do corpo, pela desencarnação, que, sem que sejam considerados insanos, se mostram completamente alheios a si mesmos, esquecidos do que foram e do que são, à mercê de reencarnações à distância das situações sócio-econômico-culturais, inclusive religiosas, em que se perderam do Cristo! Estes espíritos, por ação da Misericórdia Divina, mergulhados num esquecimento, que não é o provocado pelo choque biológico da reencarnação, antes que, em definitivo, entrem na lista dos desterrados, terão oportunidade de recomeçar alhures, com a mente não mais obsessivamente fixada nas ideias equivocadas que vêm ruminando a muitas existências, vivendo num círculo vicioso difícil de ser rompido.
Portanto, ao nosso ver, o “Alzheimer” é uma doença auxiliar do espírito, que se, aparentemente, o desmorona intelectualmente, o faz ressurgir dos escombros de si mesmo com uma nova perspectiva existencial – bênção diante do qual alguns lustros de alienação do espírito, mergulhado em semelhante processo de “reconstrução íntima”, nada significam!
INÁCIO FERREIRA
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