Queridos amigos de caminhada, desejo a você e toda a sua família um momento de Natal com vibrações de Paz e Amor. Que as bênçãos do Menino Jesus sejam direcionadas para cada um. Junto-me a todos com carinho. Cássia

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Talvez seja a festa cristã mais carregada de ressignificações ao longo do tempo

 

                       Menino Jesus na manjedoura, em obra de Gerard Van Honthorst, feita em 1622

Do festival pagão ao Papai Noel: camadas de significado

BBC Brasil


"Quando olhamos de forma retrospectiva para a história do Natal, vemos que talvez seja a festa cristã mais carregada de ressignificações ao longo do tempo", comenta o teólogo Moraes.

Nesse sentido, uma festa no auge do inverno no hemisfério norte remonta aos períodos mais remotos da civilização. "É uma verdade que muito antes do Natal se tornar Natal havia festivais de inverno em todo o hemisfério norte em torno do que os calendários modernos agora chamam de 25 de dezembro", diz o pesquisador e escritor Andy Thomas, em seu livro Christmas - A Short History From Solstice to Santa (Natal - Uma breve história do Solstício até o Natal, em tradução livre).

O solstício de inverno era o momento da guinada rumo ao renascimento da primavera seguinte.

"Para os antigos, este era um momento importante, pois significava que podiam definitivamente esperar que a vida se tornasse um pouco mais fácil de sobreviver novamente", explica ele.

Os antigos romanos celebravam a divindade do Sol Invencível nesta época. Mas não era o único — e provavelmente a festança era gigante porque nela havia uma conjunção de crenças.

Os historiadores Mary Beard e John North afirmam, no livro Religions of Rome (Religiões de Roma, em tradução livre), que a festa ao deus Mitra, nesta época do ano, durava uma semana e era cheia de celebrações familiares, boa comida e trocas de presentes.

Deus da sabedoria, Mitra veio da mitologia persa e representava a vitória da luz sobre a escuridão, do bem contra o mal.

Saturno também foi ganhando espaço, em festa chamada de Saturnália. Deus da agricultura, era natural que ele fosse lembrado nessa época de renascimento. "A Saturnália envolvia muita bebida, festas e até inversão de papéis: chefes de família poderiam servir refeições aos seus escravos neste dia, e não o contrário", diz Thomas.

As celebrações romanas chegaram a ser oficializadas em lei — pelo imperador Lúcio Domício Aureliano (214-275), que decidiu institucionalizar o culto festivo ao Sol Invictus.

Quando o cristianismo foi incorporado por Roma, após os governos de Flávio Valério Constantino (272-337) e Flávio Teodosio (346-395), o sol invencível acabou se transformando em uma figura humana: Jesus.

Thomas aponta que, "embora possam ser encontradas referências anteriores ao fato de o 25 de dezembro ter sido adotado como o aniversário de Jesus [como uma celebração em sua homenagem descrita como ocorrida no ano de 336]", o primeiro reconhecimento de que ele havia "se tornado festa de pleno direito" em Roma data de 354.

"Ele [o Natal] não nasceu por imposição da Igreja, mas sim por práticas que estavam ocorrendo de uma religiosidade que ganhava espaço. Foi-se consolidando um tipo de festa com caráter missionário, de evangelização dos pagãos", explica Moraes.

Nos séculos seguintes, a festa ganharia elementos de outras tradições, como conta Thomas. Da mitologia nórdica o voo de Odin pelos céus foi redesenhado como o bom velhinho a bordo de um trenó voador. Aliás, a figura cristã de um bispo bondoso que dava presentes ås crianças, São Nicolau, se tornou o Papai Noel tão bem explorado pelo capitalismo contemporâneo — que conferiu a camada mais moderna da festa.

Do costume nórdico de sacrificar animais, pode ter origem à mesa farta, conforme conjetura Thomas. E nobres europeus, em gestos de ostentação, consolidaram o costume de dar presentes nessa época do ano.

E tudo isso acabou ganhando novas cores no continente americano — mais especificamente, na Nova York do século 19.

"Embora o Natal fosse desaprovado pelos colonos puritanos, a partir de 1800, as celebrações públicas nas ruas da América se tornaram tradição sazonal. Isso parecia divertido para os celebrantes mais pobres, que podiam desfrutar livremente de um período de desgoverno. Mas como a população nova-iorquina saltou 10 vezes entre 1850 e 1900, os mais ricos passaram a temer que essas festas de rua pudessem se transformar em tumultos", conta Thomas.

"Assim, a elite passou a promover a ideia de um Natal doméstico, com troca de presentes em casa. Famílias de classe média, felizes por manterem seus filhos longe do que consideravam influências nocivas, adotaram imediatamente a ideia", prossegue.

"Em 1867, comprar brinquedos já era um negócio grande o suficiente para que a principal loja Macy's de Nova York ficasse aberta até meia-noite na véspera de Natal. [No século 20,] Com a América do pós-guerra dando grande parte do tom natalino mundial, dar presentes tornou-se a ordem do dia na maioria dos países que celebram a festa".

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https://www.bbc.com/portuguese/articles/c785mp7k0z3o

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