Identificcao da Missao
Todo ser humano está ligado a dois tipos de família: a família da presente encarnação, geralmente ligada pelos laços cármicos, feita por acordo mútuo, antes desta encarnação, e a família espiritual, formada por espíritos afinados na sua origem remota e transcendente.
Durante a encarnação, os espíritos ficam submissos às suas personalidades e se ajustam por elas. A família é uma luta de personalidades na qual as pessoas se amam ou se odeiam de acordo com os reajustes que elas mesmas programaram. Quando, porém, o ser humano começa a exercer conscientemente a sua mediunidade, os estímulos de seu espírito vão superando os da sua personalidade, e isso ameniza os reajustes, diminuindo os choques.
Na proporção que isso acontece, diminuem os atritos e o espirito liberto da luta procura sintonizar-se com suas tarefas, geralmente fora da família atual. Assim, vão se encontrando os velhos companheiros de luta que se aglutinam em torno de seus ideais, de seus hábitos, de suas especializações transcendentais. Aos poucos, o grupo assim formado, mesmo que socialmente haja as maiores diferenças, vai identificando a missão, sabendo, tranquilamente , o que tem a fazer. So' esse encontro produz a originalidade na obra realizadora. Quando os espíritos de um grupo mediúnico não são afinados transcendentalmente, a missão se torna indefinida e insegura.
Naturalmente, é quase impossível um grupo ser composto, apenas, por espíritos afinados, mesmo porque esse fato só é verificado depois de certo tempo de convivência. Mas, essa preocupação se torna válida quando se observa, no mesmo grupo, a formação de subgrupos que se afinam mais. Nesse caso, podem surgir missões diferentes no mesmo programa, da mesma forma que falanges diferentes de espíritos trabalham na mesma humanidade. Mas, sempre é conveniente a definição da missão, em termos de especializações mediúnicas ou vocacionais, que possam caracterizar aquela falange de médiuns.
Do livro: No Limiar do 3o. Milenio - Vale do Amanhecer
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