O RETORNO DO GUERREIRO
Uma mensagem de Sarah-Jane Grace
10 de Abril de 2012
Apesar das inúmeras energias um pouco confusas que parecem estar nos bombardeando de todas as direções no momento, há um sentimento crescente de força emergente. Embora possamos nos sentir íntegros e completos em um momento, e desorientados e perturbados no seguinte, através das névoas da confusão, o sol está se elevando como o início de um novo dia, penetrando através da névoa, trazendo claridade, tranqüilidade e energia.
O sol é a nossa força, a nossa paixão e a nossa essência: e apesar dos desafios que a vida e o universo ainda continuam a lançar em nossa direção geral, a luz está crescendo em calor e intensidade. Naturalmente, o sol nunca nos deixa verdadeiramente, pois até nos dias mais escuros do inverno, ele está ainda ardendo intensamente, mas durante estes momentos, podemos perder a conexão e nos sentirmos perdidos, sozinhos e sem esperança. É somente quando podemos sentir o sol aquecendo a nossa pele que os sentimentos de esperança e de possibilidades começam a ressurgir.
Para muitos, este é um momento de enfrentar a plena Verdade de nossa realidade. É um momento de abrirmos todos aqueles armários internos trancados, a fim de nos libertarmos em uma escala grandiosa e épica. Embora este processo faça parte da progressão natural das coisas, é uma jornada difícil e árdua, pois estes armários contêm memórias, traumas e a dor do passado. É fácil dizer que a fim de curarmos o presente, precisamos curar o passado. Mas dizer e realmente fazer isto, é muito, muito diferente.
Curar o passado significa enfrentar a Verdade, assumindo a responsabilidade pelas escolhas feitas, defrontar-se com a dor, deixar ir a culpa e aceitar que embora o passado tivesse um profundo impacto no presente, o momento chegou para sermos liberados, curados e libertos. Querer e alcançar isto são também coisas muito diferentes, mas onde houver uma vontade, há um caminho! Talvez o maior passo que se possa dar é ter um verdadeiro desejo de querer a cura. Isto pode parecer estranho, mas muitos procuram remendos e soluções rápidas, que mal cobrem as rachaduras. Querer a cura vem de um espaço mais profundo e, talvez, mais verdadeiro, onde ultrapassamos as questões superficiais, indo direto à essência das coisas. E é a partir daqui que a cura verdadeira e duradoura ocorre.
Entretanto, isto requer coragem e força, e é aí que o guerreiro chega. Todos nós temos um guerreiro dentro de nós. Todos nós temos este espírito de luta que pode nos ver persistindo mais e mais, até mesmo quando as coisas se tornam difíceis. No entanto, algumas vezes as coisas ficam insuportáveis, e como os longos e sombrios dias de inverno, estando oculto o sol, nós perdemos a conexão com o nosso poder interior e o nosso combatente. Entretanto, o guerreiro permanece dentro de nós, como sempre esteve. Cabe simplesmente a nós acessarmos esta parte do nosso ser. Parece fácil, e em alguns aspectos, é, pois isto se refere a termos uma intenção clara, mas ao mesmo tempo, pode ser difícil chamar o guerreiro quando a vida parece uma cela de prisão, com paredes infinitamente altas e densas e grades imóveis. Quando nos sentimos presos nos acontecimentos da vida, pode ser difícil de até mesmo sentirmos uma conexão com o guerreiro, muito menos aceitarmos a energia.
Algumas vezes, onde não há uma rota de fuga clara, das situações em que nos encontramos, continuarmos a luta parece infrutífero. Entretanto, ao pensarmos no guerreiro, na paixão, no poder pessoal e quando nos concentramos novamente, encontramos de alguma forma um pouco mais de energia para continuarmos a luta. Talvez, encarar a vida como uma batalha, ou uma luta, dá-lhe uma energia mais desafiadora? Talvez precisemos perceber que a vida é apenas uma jornada, com colinas ondulantes, passagens difíceis nas montanhas e rios tortuosos? Embora haja uma forte sensação de que no momento as energias estejam um pouco confusas, precisamos, talvez, deixar de nos combatermos para encontrarmos as respostas? Talvez, apenas talvez, se pudéssemos dar ao nosso guerreiro interior o tempo e o espaço que ele precisa para curar e reconstruir, então poderíamos, em nosso próprio tempo, montarmos naquele cavalo branco, e nos conduzirmos para o pôr-do-sol, com a paz em nosso coração e a força escorrendo de cada célula.
Saber se lutar ou se abster, é uma questão difícil neste momento, pois cada um de nós é um indivíduo totalmente original. No entanto, abstermo-nos de “lutar”, não se trata de desistir; trata-se de entregarmo-nos ao fluxo da vida, a fim de navegarmos nas correntes, ao invés de combatê-las. Algumas vezes, temos que confiar no fluxo e saber que podemos escapar da prisão e das trevas, e enquanto o sol continua a se elevar interiormente, o guerreiro nos mostrará o caminho...
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Traduzido por: Regina Drumond
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