Desde a época de Cristo, cada geração viu afundar-se, ou seja, afastar-se do polo de Luz.
O.M. AÏVANHOV
Agora, se quiserem, vamos tentar dialogar juntos, de maneira a responder às suas interrogações e às suas questões.
Agora e já, eu lhes deixo a palavra, de maneira a poder trocar.
Então, se quiserem, vamos.
Questão: por que a descida da energia de quinta dimensão coloca tanto problema à humanidade?
Caro amigo, não são muitos problemas, é um problema essencial.
É preciso, efetivamente, compreender que, quando você diz que a humanidade não está pronta, é que ela não está pronta de tudo, há, unicamente, eu diria, no máximo, dois a três por cento da humanidade que está pronta para aceder a esse estado de consciência novo.
Então, obviamente, como vocês já sabem, aqueles que não poderão ascensionar (como vocês dizem, eu creio), aceder a esse novo nível de consciência, serão profundamente atingidos, porque esse nível de consciência não conhece a sombra, não conhece o sofrimento, não conhece a divisão e não conhece a falta de harmonia.
Ora, todos os seres humanos que não estiverem suficientemente preparados e que acederem a essa passagem específica estarão em estados de divisões extremas.
Eles serão, necessariamente, desconectados, se se pode dizer, ou seja, serão diretamente transferidos a outro mundo de terceira dimensão ou passarão pela etapa da morte.
Então, obviamente, noventa e sete a noventa e oito por cento da humanidade é aterrorizada muito mais, entretanto, em cada ciclo, aliás, que vê a purificação da terceira à quinta dimensão – quando a terceira dimensão existe – isso se traduz, sempre, por uma espécie de desnatação importante, na qual mais de noventa por cento das humanidades em curso devem voltar a partir em um novo ciclo.
É uma constante, eu diria, quase universal.
Não há que eternizar-se nisso ou ter remorsos, há, unicamente, que tentar subir mais o nível vibratório de si mesmo e daqueles que estão ao redor de nós.
Questão: por que as pessoas perderam o significado do privilégio que é a encarnação?
É uma verdade essencial, mas é ligado à organização de sua sociedade e do que vocês chamam a rede social e a rede afetiva que vocês construíram no curso de milênios e que se afastou dos modelos sinárquicos e dos modelos teocráticos e dos modelos da Luz.
Progressivamente, essa sociedade que vocês chamam «em seu apogeu» entrou, de fato, em uma decadência.
Desde a época de Cristo, cada geração viu afundar-se, ou seja, afastar-se do polo de Luz, cada vez mais, a sociedade e os indivíduos, a tal ponto que, hoje, noventa por cento da humanidade atingiu um ponto de não retorno, ou seja, realmente, seres totalmente, quase totalmente cortados da Divindade.
Eles permanecem na vida apenas pelo fragmento de Luz que os anima ainda, e que vem de planos superiores.
Tudo é feito ao nível social, ao nível afetivo, para impedi-los de encontrar essa verdade essencial.
Questão: o dinheiro está ao serviço da sombra?
Primeiro, não se pode dizer que o dinheiro esteja ao serviço da sombra, o dinheiro é uma energia neutra; em contrapartida, a sombra lançou sua posse sobre o dinheiro, como energia de manipulação de multidões e de controle e de poder, isso é evidente, obviamente.
Tudo foi feito de forma, já há mais de duzentos a trezentos anos, para que vocês tenham chegado aí, onde vocês estão.
Efetivamente, o dinheiro, nesse mundo, é o fator o mais corrompido e o mais corruptor em relação à Divindade e à espiritualidade.
O que não quer dizer que o dinheiro seja sujo, mas a utilização que é feita dele, mas a tradução que é feita dele, ao nível social, corresponde a algo de profundamente negro, como você diz.
Questão: como espiritualizar o que se faz todos os dias?
Eis um problema que coloca um cruel dilema, caro amigo, porque, quanto mais você vai subir na vibração, mais a vida quotidiana, como você diz, vai parecer-lhe pesada e difícil.
Obviamente, o dinheiro não existe na quinta dimensão, os laços afetivos – tais como vocês os conhecem – não existem, tampouco, na quinta dimensão e, obviamente, os problemas quotidianos – tais como vocês falam disso – não existem, absolutamente, na quinta dimensão.
Então, efetivamente, quanto mais a quinta dimensão aproxima-se, e mais vocês estão prontos para serem aspirados nessa quinta dimensão, mais vocês acham o quotidiano muito afastado da Divindade e de seu ser autêntico.
Não pode ser de outro modo porque, se vocês estivessem na aceitação total de seu quotidiano com o nível de vibração que é o seu, isso seria mais inquietante.
Obviamente, em minha vida – e numerosos Mestres, também, disseram isso, antes de mim – era preciso fazer cada coisa a cada instante de sua vida com amor e ser feliz no quotidiano.
Mas isso era outra época, era antes que o dinheiro tivesse se tornado o servidor da sombra, era antes dessa escuridão na qual vocês vivem.
Então, efetivamente, sim, a vida é bela, sim, o quotidiano, em contrapartida, é cada vez mais duro e sê-lo-á.
Não creiam que, quanto mais vocês subirem na vibração, mais será fácil viver a vida que vocês vivem.
É, infelizmente, perfeitamente lógico e é um dilema que não pode ser resolvido, mas é uma constatação que irá amplificando-se, a tal ponto, eu diria, que, se a efusão da quinta dimensão atingisse-os, totalmente, a título individual, quem quer que vocês sejam, vocês não poderiam mais, de modo algum, viver nas condições nas quais vocês vivem.
Questão: é exato que não há mais emoção na quinta dimensão?
Felizmente.
E, efetivamente, aqueles que estiverem desestabilizados, de qualquer forma, serão obrigados a deixar o corpo, para entrar na morte.
Obviamente, a quinta dimensão não é um mundo de emoção, é um mundo de alegria, mas de alegria no sentido do coração e não, absolutamente, de prazer, a alegria é bem mais elevada do que o prazer.
Em contrapartida, efetivamente, a noção de medo é totalmente ausente, uma vez que, naquele momento, a relação à Divindade é onipresente.
Na relação à Divindade não pode haver medo, não pode haver aborrecimento, não pode haver tristeza (a tristeza é, sempre, ligada à reminiscência de um passado), não pode haver, tampouco, buscas ilusórias de alguns prazeres, porque a alegria permanente, imanente, é instalada, de maneira definitiva.
Os modos de vida na quinta, estritamente, nada têm a ver com o que vocês conhecem aqui.
Vocês serão os mesmos, em sua essência, mas não serão mais, de modo algum, os mesmos ao nível do que farão, em especial o que vocês chamam o papel social de que os ocidentais são tão orgulhosos (suas profissões, seus status, casamentos, filhos, seus papeis de relação de ajuda), através do status, não existirão, absolutamente, mais.
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