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A Ascensão das Almas



A Ascensão das Almas

Vamos contemplar agora o esquema de ascensão das almas, que em sua evolução desfrutam das habilidades especiais dos artistas e artesãos acima em seu dia-a-dia e nos momentos de espairecimento e recreação, ou com eles trabalham por períodos de sua carreira ascensional.
Depois da morte física de um ser humano em seu planeta de origem, o Monitor Divino normalmente segue para Divínington (a esfera dos Monitores, em órbita do Paraíso) e lá espera, cumprindo outras missões, o momento da ressurreição da alma que ajudou a construir.
Por sua vez o Anjo Guardião do Destino (individual ou de grupo) toma aquela alma sob sua responsabilidade até a dispensação dela - elevação milenar de época, ou especial, a qualquer tempo, por motivos afetivos.
Todas as almas com potencial de imortalidade ou necessidade de julgamento são, mais cedo ou mais tarde, levadas para as salas de ressurreição do Templo de Montagem da Personalidade, no primeiro dos 7 Mundos de Aperfeiçoamento Inicial.
Estes são satélites do Mundo número 1 em órbita de Jerusém, capital do nosso sistema planetário de Satânia.
Ao ser feita a chamada de um nome em cada sala de ressurreição, apresenta-se o Monitor Divino correspondente, detentor da memória e da mente de espírito daquele mortal, juntamente com o Anjo Guardião de sua alma.
Os Portadores da Vida e os Supervisores do Poder Moroncial constroem para aquela alma um corpo semelhante ao dos anjos e indicador de suas características de personalidade.
Se o Monitor do Pensamento não atende à chamada, normalmente o corpo não é feito e aquela alma se perde. O seu Guardião do Destino comparece então a um tribunal para provar que não teve culpa pela perda.
Ocorrem casos em que o Monitor Divino abandona um ser humano ainda durante sua vida, convencido da impossibilidade de sua sobrevivência, por indolência ou maldade, por exemplo.
No primeiro caso a alma nem é levada do planeta de origem: é um caso perdido, pelo desperdício do potencial que o Monitor havia reconhecido neste humano em sua infância, no momento em que o escolheu para a missão de elevá-lo à vida eterna.
No segundo caso a alma é levada a julgamento, em processo não descrito no Livro, mas que pode chegar à desintegração (pena de morte eterna).
Porém quando o Monitor responde à chamada, a alma em questão desperta exatamente como estava no momento da morte material.
Se estiver desgastada pela senilidade, por exemplo, receberá primeiro um tratamento que a elevará de volta aos seus momentos de maior lucidez.
Neste primeiro mundo de correção de deficiências, no qual algumas belas almas apenas permanecem em trânsito para o segundo ou até para o terceiro, são tratados principalmente os problemas emocionais, familiares, sexuais e de caráter.
A capacitação se faz nas faculdades do pensamento, do sentimento e da ação.
Todos aqueles que nesta vida não foram pais ou mães de pelo menos 3 filhos, até a puberdade, deverão adquirir essa experiência nas creches dos Mundos de Aperfeiçoamento Inicial ou mais tarde, junto às famílias dos filhos materiais de Jerusém - o povo de Adão e Eva.
Durante a vida moroncial se compensam igualitariamente todas as diferenças de meio-ambiente, de formação e de oportunidades na vida material.
Mesmo sem cultura, uma boa alma tem a mesma chance da mais requintada.
Não importa o que ela fez na vida material, mas como fez, eticamente.
O Mundo de número 2 cuida sobretudo da eliminação de conflitos intelectuais e da cura de todas as desarmonias mentais.
Os ascendentes continuam, como no primeiro Mundo, formando grupos de interesse entre seus contemporâneos e se comunicando, ou visitando almas de sua afetividade nos outros Mundos de Aperfeiçoamento Inicial.
No terceiro Mundo os sobreviventes começam verdadeiramente sua cultura moroncial progressiva e alcançam um discernimento prático da metafísica da filosofia mota que todos devem estudar, juntamente com o idioma de Nébadon.
O quarto Mundo marca o início real da carreira moroncial ou anímica, passadas as fases de capacitação dos anteriores.
Todo ascendente deve seguir aqui cada fase da programação, salvo alguns poucos que seguem diretamente para a capital do Sistema e lá estudam os idiomas e a filosofia mota.
Apresenta-se "uma nova ordem social, baseada na compreensão e apreciação mútua do amor altruísta e do serviço recíproco, sob a forte motivação de se ter um destino comum e supremo – a meta paradisíaca de perfeição adoradora e divina".
Antes de deixar este mundo os ascendentes já dominam o idioma nebadonês, com seu alfabeto de 48 letras, aprendido como se estuda aqui.

O quinto Mundo equivale ao nível dos planetas estabelecidos na fase inicial de Luz e Vida.
Nele se começa a estudar a língua do superuniverso de Orvônton (que tem 70 letras), de modo a bem conhecer ambos idiomas antes da cidadania em Jerusém.
Tem início a consciência de uma cidadania cósmica, um ponto de vista universal, que resulta em sincero entusiasmo pela ascensão a Havona.
"O estudo passa a ser voluntário, o serviço altruísta se torna natural e a adoração, espontânea".
O sexto Mundo de Aperfeiçoamento marca o início da preparação para a futura carreira espiritual, que se desdobrará após a graduação na capacitação moroncial do universo local.
Também começa a instrução na técnica de administração universal.
A fusão com o Monitor Divino, potencialmente viável desde a vida material, "como identidade real e funcional de personalidade", geralmente ocorre neste mundo.
Ao se completar a fusão, uma cerimônia simples marca o ingresso na carreira eterna de serviço ao Paraíso.
Essa fusão pode, contudo, adiar-se às vezes até a chegada à capital do sistema, ou mesmo da constelação, quando a vida material é novamente estudada.
Porém depois dela não há mais dúvidas de que o ascendente prosseguirá até chegar ao Paraíso.
No sétimo Mundo desaparecem todas as diferenças que havia entre os procedentes de planetas normais em Luz e Vida e os originários de mundos isolados e retardados como o nosso.
Aqui se purgam, finalmente, todos os traços decorrentes de "um meio-ambiente insalubre e de tendências planetárias não-espirituais".
Começa um nova adoração, mais espiritual, do Pai Invisível.

A Cidadania em Jerusém
Os seres ascendentes ganham afinal a cidadania de Jerusém, capital do sistema de Satânia, de onde governa o Lanonandeque Lanaforge, Soberano do Sistema que substituiu Lúcifer.
Esfera arquitetônica como os mundos anteriores, ela também tem seu clima e iluminação controlados artificialmente.
Durante três quartos do dia é iluminada por igual em toda superfície, com claridade equivalente à de 10 horas da manhã em Urântia.
Nesse período a temperatura é de cerca de 20 graus centígrados.
Nas horas de repouso o brilho do céu é semelhante ao de uma noite de lua-cheia e a temperatura cai um pouco abaixo de 10 graus positivos.
A atmosfera se compõe de 3 gases básicos (um a mais do que a nossa), para permitir a respiração moroncial, sem contudo afetar a respiração material.
O planeta está belamente ornamentado por vegetação e animais evoluídos e úteis, belos e inofensivos, bem como provido de construções materiais, moronciais e espirituais.
Assim como já ocorria nos 7 Mundos de Aperfeiçoamento Inicial, o tempo dos residentes ascendentes se divide entre trabalho, estudo e repouso, mais a periódica recreação e excursões para espairecimento, instrução e convivência.
Em Jerusém o corpo docente Melquisedeque atesta a sabedoria moroncial dos ascendentes, o corpo examinador das Brilhantes Estrelas Vespertinas certifica seu discernimento espiritual e os 24 Conselheiros da capital do Sistema julgam seu progresso experiencial de socialização. Por fim os Filhos Materiais confirmam estar alcançada a personalidade mota. Se ainda verificar-se a impossibilidade de fusão com o Monitor do Pensamento nesse estágio, pode ocorrer a fusão com um fragmento pré-pessoal do Espírito Infinito ou prorrogar-se o prazo mais uma vez.
Atingido o nível satisfatório, todos os ascendentes se despedem de Jerusém e partem para seus estudos e trabalhos nos 70 Mundos de Capacitação de Edêntia, capital de nossa constelação de Norlatiadeque, esferas arquitetônicas ainda mais belas e avançadas.
A Cidadania em Edêntia
Essa temporada "será dedicada principalmente a dominar a ética de grupo, o segredo de uma inter-relação agradável e produtiva entre as distintas ordens universais e superuniversais de personalidades inteligentes".
Ao se graduarem no mundo nº 70 os mortais ascendentes se tornam residentes em Edêntia, de onde os Altíssimos Vorondadeques governam a constelação.
Estão agora justamente no meio de sua carreira entre o animal evolucionário e o espírito ascendente: "é um período de verdadeira e celestial felicidade para os progressores moronciais, uma das épocas mais bonitas e mais refrescantes da capacitação neste lado do Paraíso".
No caso dos que não hajam conseguido até aí a fusão com o Monitor Divino, pode ocorrer a fusão com um fragmento pré-pessoal do Filho Eterno e a continuação da carreira ascensional até a capital do superuniverso.
Quando novamente julgados aptos a prosseguir, partem todos em direção aos mundos de instrução de Sálvington, capital de Nébadon, onde completarão as últimas fases moronciais e se prepararão para a primeira das seis etapas espirituais.

Após um período de trabalho, estudo, repouso e recreação em Sálvington, no próprio planeta em que moram Micael de Nébadon, a Ministra Divina e Gabriel, com toda a beleza e progresso de uma capital de universo local, os ascendentes receberão de Micael em pessoa o salvo-conduto para deixar este universo em direção à capital de Ensa, Setor Menor do Superuniverso de Orvônton, já como espíritos da primeira etapa. Em U Menor o Terceiro prossegue o aperfeiçoamento, que se desdobrará para U Maior o Quinto, capital do Setor Maior do superuniverso.
Daí partirá o ser ascendente para Uversa, capital do superuniverso de Orvônton, depois para os Mundos Perfeitos de Havona e finalmente para o Paraíso, como espírito da sexta etapa e integrante do Corpo da Finalidade da Criação.
Está assim atingido o estágio ideal de todo o plano ascensional.
A Chegada ao Paraíso
A chegada ao Paraíso é tão emocionante, mesmo para seres tão longamente experientes e perfeitos, que algumas vezes têm eles de ser advertidos para se conterem em seus impulsos de adoração.
Na proximidade do próprio Pai Eterno Mais que Espírito, do Filho Eterno do Paraíso e do Espírito Infinito, os ascendentes se dão conta de ter completado seu melhor destino evolutivo e atingido a perfeição requerida pelo Pai.
A partir desse ponto culminante de uma longuíssima carreira o ascendente poderá ter a condição de residente na Ilha Eterna, nela prestando serviços ou viajando em missões por todo o tempo-espaço.
O novo integrante do Corpo da Finalidade da Criação não mais precisa dos anjos transportadores que até então o haviam levado de esfera em esfera, ao fim de cada estágio de seu avanço.
A sétima e última etapa de perfeição do espírito ainda não é alcançável pelos seres humanos ascendentes, estando reservada para momentos futuros da eternidade.
Talvez para a época em que estejam habitados os universos em construção nos três círculos do espaço exterior.
Os autores não sabem precisar quando.


Excerto do Resumo do Livro de Urantia
www.minhamestria.blogspot.com 

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