Quanto tempo perdemos na vida!
Quanto tempo perdemos na vida!
Maria Isabel Carapinha
A vida hoje nos leva sempre a termos a nítida sensação que fizemos pouco, que os dias voam e que nunca temos tempo para fazer o que de fato nos dá prazer. O bombardeio de informações nos assola a cada momento e por mais que nos sintamos antenados com o mundo sempre temos a impressão que deixamos algo por fazer. Essa correria intensa não nos permite perceber que muitas vezes estamos no caminho errado.
Mas existe outro ângulo desta questão de tempo que precisamos observar com carinho: será que estamos perdendo tempo com coisas que não nos trarão nada de bom? O fato de estar completamente inserida em uma situação não nos permite assumir a posição de observador, e uma paradinha para reflexão pode nos fazer chegar à conclusão que estamos perdendo tempo com coisas que nada nos acrescentarão.
Uma das principais causas da falta de energia e cansaço é o aborrecimento e a tristeza.
Perdemos tempo com aquele emprego que nada nos acrescenta e não nos faz progredir, perdemos tempo com aquele relacionamento doentio que só nos derruba, perdemos tempo tentando modificar os outros em vão, perdemos tempo chorando e lamentando por situações que deixaram de fazer parte de nossa vida e, depois de tudo isso, a única coisa que obtemos é uma enorme falta de energia e motivação pela vida.
A perda de tempo está associada à tendência de permanecer no estado em que nos encontramos, ou seja, se a situação me incomoda e nada faço para mudar, estou perdendo tempo. Nossa! Que dura essa realidade que pode em determinados momentos fazer parte da vida de todos nós, pois somos seres humanos em contínuo aprendizado.
Você se tornará mais feliz no dia em que passar a cuidar melhor de você, e como consequência disto, as pessoas se sentirão melhor em sua companhia. Cuidar melhor de você significa analisar a sua vida hoje e tentar melhorá-la. Neste momento, você pode dizer que é impossível mudar tudo ou ainda existem situações que não podem ser modificadas de imediato. Concordo plenamente, mas a atitude inicial já lhe trará um sabor de conquista, comece pelo primeiro passo, cuide de você. Muitas vezes, aquele emprego que você não gosta, e que você não consegue se adequar, não é tão ruim quanto parece ser. O seu relacionamento pode estar desgastado em função de tantas cobranças que você faz a si mesma, muitas delas sem fundamento.
Dando este primeiro passo, é bem provável que você chegue à conclusão que determinada situação que incomoda, não faz bem e o aborrece, deva deixar de fazer parte da sua vida.
O equilíbrio pessoal nos traz discernimento e com ele percebemos que o sofrimento pessoal se origina da diferença entre o que está acontecendo e o que acho que deveria estar. E, nesse momento, a nossa tomada de decisão se faz importante no sentindo de pararmos de perder tempo na vida.
Há duas emoções básicas presentes na vida de todos nós: uma é o amor e a outra é o medo, a presença de uma representa a falta da outra. Quem ama confia e quem confia se entrega a um amanhã sempre melhor que hoje, completamente isento de vibrações negativas que estão associadas ao medo.
Outro erro muito comum que cometemos é colocar os outros na frente e a nós por último. A solução está em equilibrar nossos desejos, sentimentos e interesses com o dos outros.
Nos relacionamentos, podemos ter necessidades satisfeitas como: carinho, atenção, romance e desejo... Mas não se tornar feliz... isso cabe a você.
Somente quando deixamos de fazer o que nada nos adianta é que as coisas melhoram.
Nossa atitude mental gera mais fadiga do que o próprio esforço físico.
Há algum tempo atrás, atendi uma linda moça que namorava um rapaz com transtorno bipolar, que é um tipo de transtorno caracterizado pela variação extrema de humor, onde haviam fases intensas de hiperatividade física e mental, permeadas de depressão, inibição, lentidão para conceber e realizar ideias e ansiedade ou tristeza. Na fase extrema negativa, por qualquer motivo sem nenhum fundamento, ele a agredia com palavras e a colocava como um ser desprezível. A seguir, vinha o completo isolamento por parte dele. Passada esta fase comportamental complicada, ele a procurava como se nada tivesse acontecido e a fazia sentir-se como a pessoa mais importante do mundo. Ela, então, relevava o que havia ocorrido. As crises, porém, tornaram-se mais frequentes e intensas. Assim, ela me procurou achando haver algo de errado consigo.
Fiz, então, uma análise completa de suas frequências energéticas com a Mesa Radiônica e verifiquei os possíveis bloqueios e descobri que seu pai era um homem fraco e viciado em álcool e sua mãe passara a vida inteira cuidando dele em vão. Por uma repetição de comportamento, ao longo do tempo, sem perceber ela estava adquirindo o mesmo padrão para sua vida. Cuidamos, então, intensamente de sua autoestima e segurança pessoal, demonstrando claramente que ela não necessitava deste padrão vibracional em sua vida. Concluído o tratamento, ela se sentia mais forte e segura. Dessa maneira, na primeira crise que seu namorado teve, ela se manteve firme e distante, reconhecendo o padrão de doença que ele tinha e sugeriu que se quisesse de fato continuar com ela que buscasse ajuda profissional. Foi a primeira vez em seis anos que ela tinha conseguido se posicionar.
Hoje o namorado se encontra em tratamento e com a doença sob controle e ela se sente feliz e realizada, consciente que não conseguia se posicionar antes pelo medo de perdê-lo... Mas a partir do momento em que começou a se colocar em primeiro plano, e se cuidar através da Mesa Radiônica, sua vida se modificou por completo.
Quanto tempo perdido!!!
Maria Isabel Carapinha é radiestesista e trabalha também com Feng Shui.
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