O ser humano que não consegue estar em seu centro e em seu alinhamento...
A autoinocência na psicologia
O ser humano é capaz de viver experiências diversas e, entre elas, sempre é capaz de se fazer de inocente quando, em verdade, não o é e demonstra o contrário.
Para a psicologia oriental, o ser humano que não consegue estar em seu centro e em seu alinhamento é capaz de utilizar as possibilidades que a sua personalidade lhe dá de criar personagens de vitimização e de autoinocência.
Compreendemos como autoinocência a astuta atitude do doente mental de mostrar-se inocente de todos os erros que cometeu. Mas a autoinocência poderia ser também o começo de uma atitude desmedida, carente de coerência e de sentido com o meio exterior.
A autoinocência é a arma de defesa do ser humano que atravessa dificuldades de forma permanente, mas é também uma atitude muito imatura dos que caminham em direção a um possível problema psicológico e tomam a autoinocência como um caminho de autoproteção e de desculpa para não dizer a verdade.
Noventa e sete por cento da população planetária vive e atua através da autoinocência. Isso faz preservar atitudes equivocadas e fortalece o ego, que sempre busca justificar-se para manter todas as possibilidades através de si mesmo.
Segundo a filosofia oriental, os problemas de pessoas que se fazem autoinocentes geram uma cadeia interminável de vícios: dão-se permissões para infringir as regras, desobedecem, justificam-se o tempo todo e tentam fazer o menor esforço possível para não se sentirem incomodadas.
Esse é um processo que se constrói em meses ou em anos; depende apenas dos antecedentes familiares, sociais e psicológicos da pessoa.
A autoinocência desperta outras atitudes, e a pessoa se torna permissiva. Tudo o que faça, diga ou leve adiante lhe parecerá estar bem e não afetar ninguém. A pessoa se torna autocomplacente, gratifica-se o tempo todo e tenta fazer com que os demais a apoiem em sua gratificação, a ponto de mentir, de submeter ou de inventar qualquer coisa para tirar proveito de algo.
A pessoa se torna intolerante se não cumprem os seus desejos ou pedidos, agride verbalmente, ou até fisicamente, a fim de gerar temor e insegurança se não cumprem as suas ordens.
Dentro da autoinocência se espelha uma máscara irreal, um personagem que é criado pela própria mente para manipular os outros. É uma forma de jogo, mas também de engano da pessoa que crê estar além de todos, e considera que tem permissão para fazer o que lhe pareça.
Quando uma pessoa autoinocente e autocomplacente encontra um obstáculo ou um simples "não", transfigura-se a ponto de pôr-se agressiva, ou ainda de ocultar a agressão e tentar fazer algum dano até conseguir algo.
Sob a Luz de Cristo, abençoa-os,
São Pio
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