Um mundo em aquecimento -o derretimento da Antártica, visto como nunca antes
Um satélite permite que cientistas vejam o derretimento da Antártica como nunca antes
Por Kendra Pierre-Louis e Henry Fountain Novos dados do espaço estão fornecendo a imagem mais precisa, até agora, do gelo da Antártica, onde está se acumulando mais rapidamente e desaparecendo em velocidade, e como as mudanças podem contribuir para o aumento do nível do mar.
As informações, em um artigo publicado na revista Science, ajudarão os pesquisadores a entender melhor o maior fator de perda de gelo na Antártica, o afinamento das prateleiras flutuantes que permitem que mais gelo flua do interior para o oceano e, como isso, contribuirá para o aumento do nível do mar. Os pesquisadores sabem, há muito tempo, que enquanto o continente está perdendo massa, à medida que o clima muda, a mudança é desigual. Ele está ganhando mais gelo em algumas áreas, como partes da Antártica Oriental, e perdendo-o, rapidamente, em outras, na Antártica Ocidental e na Península Antártica.
A costa da Antártica Ocidental está rapidamente perdendo massa, à medida que a água quente derrete as prateleiras de gelo por baixo e os icebergs se quebram.
TAXA DE MUDANÇA DE ESPESSURA DO GELO
Os pesquisadores usaram as medidas de elevação de ambos os satélites para determinar como o balanço de massa da Antártica, a diferença entre acumulação e perda, mudou de 2003 para 2019 para cada uma de suas 27 bacias de drenagem. No geral, eles relataram que o continente havia perdido gelo suficiente para elevar o nível do mar em seis milímetros, ou cerca de um quarto de polegada, durante esse período.
Embora essa descoberta seja consistente com outros estudos que usaram dados de outros instrumentos, "de muitas maneiras, essa é uma medida mais definitiva", disse Ben Smith, glaciologista da Universidade de Washington e autor do estudo. "Isso mostra um conjunto de diferenças que podemos realmente entender em detalhes e saber o que elas significam para os lençóis de gelo".
As informações, em um artigo publicado na revista Science, ajudarão os pesquisadores a entender melhor o maior fator de perda de gelo na Antártica, o afinamento das prateleiras flutuantes que permitem que mais gelo flua do interior para o oceano e, como isso, contribuirá para o aumento do nível do mar. Os pesquisadores sabem, há muito tempo, que enquanto o continente está perdendo massa, à medida que o clima muda, a mudança é desigual. Ele está ganhando mais gelo em algumas áreas, como partes da Antártica Oriental, e perdendo-o, rapidamente, em outras, na Antártica Ocidental e na Península Antártica.
A costa da Antártica Ocidental está rapidamente perdendo massa, à medida que a água quente derrete as prateleiras de gelo por baixo e os icebergs se quebram.
TAXA DE MUDANÇA DE ESPESSURA DO GELO
Os pesquisadores usaram as medidas de elevação de ambos os satélites para determinar como o balanço de massa da Antártica, a diferença entre acumulação e perda, mudou de 2003 para 2019 para cada uma de suas 27 bacias de drenagem. No geral, eles relataram que o continente havia perdido gelo suficiente para elevar o nível do mar em seis milímetros, ou cerca de um quarto de polegada, durante esse período.
Embora essa descoberta seja consistente com outros estudos que usaram dados de outros instrumentos, "de muitas maneiras, essa é uma medida mais definitiva", disse Ben Smith, glaciologista da Universidade de Washington e autor do estudo. "Isso mostra um conjunto de diferenças que podemos realmente entender em detalhes e saber o que elas significam para os lençóis de gelo".
A perda de gelo foi limitada à Antártica Ocidental e à Península Antártica; a maior lençol da Antártica Oriental ganhou massa, ao longo desse tempo. O aumento na Antártica Oriental é provável, por causa do aumento da precipitação, disse Gardner. "Embora não possamos dizer que essas mudanças estão relacionadas às mudanças climáticas contemporâneas, podemos dizer que esses são os padrões de mudança que esperamos ver em um mundo em aquecimento", disse ele.
O aumento da precipitação na forma de neve leva a um aumento na massa da camada de gelo porque, à medida que a neve se comprime com o tempo, ela se transforma em gelo.
Taxa de variação de massa em bacias de drenagem
A diminuição das prateleiras de gelo na Antártida Ocidental permite que o gelo em terra se mova em direção ao oceano, o que pode elevar o nível do mar.
Fontes: NASA ICESat e ICESat-2
As prateleiras flutuantes de gelo representaram 30% da perda de gelo na Antártica Ocidental, descobriram os pesquisadores.
O gelo flutuante é perdido de duas maneiras: ao retirar os icebergs e derreter por baixo, por uma corrente profunda de água mais quente que circula pelo continente.
O gelo flutuante já está, por definição, na água; portanto, quando impulsiona ou derrete, não aumenta a elevação do nível do mar. Mas as prateleiras de gelo agem como impulsionadores contra o gelo moído atrás deles; quando eles afinam, permitem que o gelo flua mais rapidamente. E quando o gelo moído anteriormente atinge a água, ele aumenta o nivel do mar.
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Tradução: Cassia De Resende Rixse
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