O estético no lugar do ético
O estético no lugar do ético
Será que já paramos para pensar o quanto estamos longe de nós mesmos? Será que somos boas companhias para nós mesmos?
Será que realmente nos aceitamos como somos? Se aceitamos, por que querer o corpo perfeito; o cabelo perfeito, a juventude eterna, a plástica deformante etc.
Para o psicoterapeuta e professor Ivan Capelatto a sociedade contemporânea substituiu o ético pelo estético, bem como o bom pelo belo.
Entendo que a nossa atual sociedade nos estimula a desenvolver um falso self, para o pediatra e psicanalista inglês Winnicott, o falso self leva o indivíduo a experimentar um sentimento de irrealidade a respeito de si mesmo. Nessa análise, consigo entender o que leva alguém a sofrer de bulimia ou anorexia. Ou ainda, pessoas que se submetem a cirurgias plásticas para conseguirem a juventude eterna enquanto seus rostos ficam cada vez mais desfigurados.
Para a professora Maria Lúcia Lee, em seu artigo Alquimia do dia a dia :"Aqui, no ocidente, a ignorância e o esquecimento de si mesmo causa sofrimento, a meu ver. Isso acontece quando a pessoa se volta totalmente para fora, para a matéria, em vez de se lembrar que existe uma vida que corre interiormente."
Ainda para a profa. Maria Lúcia Lee, em seu artigo Pisando no próprio pé:"Na ponta dos pés estão as pessoas que querem ser o que não são. Por isso ficam sempre se achando ou procurando aparecer. Não precisamos querer agradar o outro. Precisamos nos integrar à natureza."
Não é um exercício fácil aceitar a si mesmo. Mas nunca é tarde para se começar esse desafio maravilhoso de estar consigo mesmo. E por onde devemos começar? Bem, as ajudas são inúmeras: terapias psicológicas, terapias holísticas, meditação, prática corporal oriental, reprogramação mental, enfim, os caminhos são muitos, mas a decisão de seguir por um deles é uma opção pessoal. Desejo-lhes uma boa caminhada!
http://diariodepraticascorporais.wordpress.com
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